Em medida preventiva que coloca todo o estado em alerta, o Governo do Piauí declarou estado de emergência zoossanitária por 180 dias em todo o território piauiense. A decisão visa conter a possível disseminação da Influenza Aviária H5N1 de Alta Patogenicidade (IAAP), doença que representa grave ameaça tanto para aves silvestres quanto para a avicultura comercial.
A nova determinação substitui o decreto anterior, que havia sido publicado em outubro de 2024 e teria vigência até 4 de maio de 2025. A renovação do estado de emergência reflete a preocupação crescente das autoridades sanitárias com a situação epidemiológica no país.
TENSÃO NACIONAL IMPULSIONA MEDIDA
O decreto piauiense acompanha a emergência nacional já declarada pelo Ministério da Agricultura e Pecuária (MAPA), intensificada após a confirmação de casos em aves silvestres em diferentes regiões do Brasil. O cenário tornou-se ainda mais alarmante com a recente detecção do vírus em uma granja comercial no município de Montenegro, Rio Grande do Sul, elevando o nível de alerta em todo o território nacional.
MOBILIZAÇÃO TOTAL DAS AUTORIDADES
Entre as diretrizes estabelecidas pelo decreto estadual está a mobilização integral de todos os órgãos públicos do Piauí, cada um dentro de suas competências específicas. O foco principal será a implementação de ações de vigilância ativa e passiva, além de estratégias de prevenção e mitigação de riscos associados à doença.
A Agência de Defesa Agropecuária do Piauí (ADAPI) assumirá papel central nesse processo, sendo responsável pela elaboração e publicação das normas complementares necessárias para garantir a efetividade das medidas sanitárias.
ESFORÇO CONJUNTO CONTRA A AMEAÇA
O texto do decreto enfatiza que todas as ações implementadas deverão estar em conformidade com as normas sanitárias federais estabelecidas. Além disso, prevê a cooperação integrada entre estado, municípios e setor privado, criando uma rede de proteção mais abrangente contra a potencial disseminação do vírus H5N1.
A emergência zoossanitária coloca o Piauí em estado de vigilância máxima, com protocolos rigorosos que visam proteger tanto a avicultura comercial, setor economicamente relevante, quanto a saúde das aves silvestres e, indiretamente, da população.