Em uma reviravolta surpreendente no cenário socioeconômico brasileiro, o Piauí conquistou a posição de estado nordestino com menor percentual de famílias vivendo abaixo da linha da pobreza. O avanço meteórico de sete posições no ranking nacional transformou a realidade social do estado, conforme revelam os dados do Ranking de Competitividade dos Estados, elaborado pelo IBGE em parceria com o Centro de Liderança Pública (CLP).
Os números são impactantes: apenas 4,62% das famílias piauienses encontram-se abaixo da linha da pobreza, colocando o estado na 15ª posição nacional. A comparação com outros estados nordestinos evidencia o abismo social que se formou - enquanto o Piauí avança, o Maranhão amarga um índice quase duas vezes maior, com 8,16% de suas famílias nesta condição crítica.
O CONTRASTE ALARMANTE NA REGIÃO NORDESTE
O cenário regional expõe disparidades gritantes. Enquanto o Piauí celebra seus avanços sociais, estados vizinhos enfrentam desafios monumentais:
- Maranhão: 26% das famílias na pobreza extrema.
- Pernambuco: 25% em situação crítica.
- Ceará: 24% abaixo da linha da pobreza.
- Bahia: 23% vivendo em condições precárias.
Para compreender estes números, é fundamental conhecer os parâmetros utilizados. O estudo considerou como linha da pobreza os valores estabelecidos para qualificação no Programa Auxílio Brasil (atual Bolsa Família) em 2022. A partir de 2023, conforme o Decreto nº 11.566, de 16 de junho de 2023, famílias com renda per capita mensal de até R$ 218 são classificadas em situação de pobreza.
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ALÉM DA POBREZA: O SALTO NA COMPETITIVIDADE ESTADUAL
O progresso piauiense não se limitou à redução da pobreza. O estado deu um salto significativo no ranking nacional de competitividade, subindo duas posições e alcançando o 20º lugar entre os estados brasileiros. Esta métrica avalia a capacidade de utilizar recursos eficientemente para gerar resultados positivos para a população, tanto em bem-estar e serviços públicos quanto em desenvolvimento econômico.
Os avanços foram notáveis em diversas áreas:
- Potencial de Mercado: subiu quatro posições (7º lugar).
- Educação: avançou duas posições (10º lugar).
- Solidez fiscal: ganhou duas colocações (13º lugar).
- Sustentabilidade social: melhorou duas posições (20º lugar).
- Infraestrutura: subiu duas colocações (21º lugar).
- Eficiência da máquina pública: avançou uma posição (23º lugar).
O governador Rafael Fonteles atribuiu estes resultados a "um conjunto de políticas públicas eficazes voltadas à redução da desigualdade social, intensificadas nos últimos anos", conforme declarou em suas redes sociais.