Em meio a um cenário financeiro alarmante, o prefeito de Teresina, Sílvio Mendes (União Brasil), anunciou uma série de cortes severos nas despesas municipais. A administração da capital piauiense enfrenta um verdadeiro pesadelo orçamentário, forçando o gestor a tomar decisões impopulares para evitar o colapso total das contas públicas.
"Estamos operando no limite absoluto. Não há mais espaço para gastos desnecessários", declarou o prefeito, visivelmente preocupado com a situação herdada.
A prioridade agora é enxugar drasticamente as áreas consideradas não essenciais, preservando apenas serviços básicos para a população.
O documento enviado à Câmara Municipal revela números assustadores. A nova Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) para 2026 projeta um déficit primário de R$ 107 milhões - valor que, apesar de alarmante, representa uma queda impressionante de 72% em relação ao rombo previsto para 2025, estimado em R$ 395 milhões.
A redução expressiva demonstra o esforço hercúleo da atual gestão para reequilibrar as finanças municipais. Nos bastidores, comenta-se que o corte de gastos tem gerado tensão entre secretarias, com disputas acirradas por recursos cada vez mais escassos.
Enquanto isso, contratos firmados pela administração anterior estão sob análise do Tribunal de Contas do Estado. Sílvio Mendes confirmou que um levantamento completo já foi realizado e agora aguarda o parecer do TCE-PI sobre possíveis irregularidades encontradas.
"Precisamos entender exatamente como chegamos a esta situação crítica", afirmou o prefeito, sem mencionar diretamente seus antecessores.
A expectativa é que as investigações tragam luz a gastos questionáveis que possam ter contribuído para o atual cenário de penúria.
O projeto da LDO deve ser amplamente debatido nas próximas semanas pelos vereadores. A expectativa é que a aprovação ocorra ainda no primeiro semestre, permitindo que as medidas de contenção sejam implementadas o quanto antes.