Uma crise financeira sem precedentes choca os bastidores da gestão municipal de Teresina: o prefeito Sílvio Mendes confirmou oficialmente, por decreto, a criação de uma Comissão Especial encarregada de vasculhar e propor estratégias urgentes para salvar o equilíbrio das contas públicas. O estopim foi a revelação de um débito colossal – quase R$ 1 bilhão – que reacendeu suspeitas e debates sobre a sustentabilidade fiscal da cidade.
Com a divulgação desse cenário alarmante, vereadores passaram a exigir explicações claras sobre a origem e o tamanho da dívida, além de já agendarem uma reunião direta com o prefeito para confrontar os dados e buscar transparência no processo. Questionamentos sobre onde e como toda essa dívida foi acumulada movimentam as discussões políticas na Câmara Municipal.
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Ao estabelecer os novos rumos do combate ao déficit, Sílvio Mendes determinou quais órgãos terão responsabilidade direta na condução dos cortes e da renegociação de contratos. O decreto determina que todas as obrigações legais, incluindo dívidas judiciais e extrajudiciais, deverão passar por um processo de recálculo e renegociação, com a prioridade máxima de garantir os serviços essenciais à população e manter o funcionamento mínimo da máquina pública.
O documento oficial prevê um prazo de seis meses – passível de prorrogação – para a atuação da Comissão. No entanto, o plano detalhado de ação deve estar pronto e apresentado até 15 de maio de 2025, com propostas claras, soluções aplicáveis e prazos definidos para restabelecer o equilíbrio fiscal, econômico e financeiro do município.
A composição da Comissão Especial reflete o peso da situação: reúne representantes de órgãos estratégicos como as Secretarias de Governo, Administração, Finanças, Planejamento, Educação, a Fundação Municipal de Saúde e a Procuradoria-Geral. Toda a análise e tomada de decisão será supervisionada pela Secretaria de Governo, sob comando do vice-prefeito Jeová Alencar.
Este episódio coloca Teresina sob pressão máxima, enquanto decisões difíceis sobre cortes e ajustes se tornam inevitáveis diante da magnitude do rombo orçamentário.
Comissão vai definir os cortes / FOTO: Jaílson Soares