Entramos na reta final das eleições deste ano. Eleitor, duvide das certezas!
É tudo muito impressionante, mas temos que ver que, goste-se ou não, é mais, só isso, um capítulo de nossa história
Chegamos a última semana de setembro, a derradeira antes das eleições tidas como uma das mais proeminentes de nossa história recente.
Toda eleição é importante. Se contarmos da Nova República para cá, boa parte as foram. A primeira eleição depois do Golpe de 1964, lá naquele 1.989. Depois teve as eleições de 1994 e 1998, do Plano Real. A eleição de 2002, com um ex-sindicalista chegando ao poder, a eleição de uma mulher, Dilma Rousseff, em 2011, a eleição de um ex-militar em 2018, com Jair Bolsonaro.
Esta eleição de 2022 é marcante, pois se dá entre dois homens que chegaram a presidência da República. Uma reeleição, onde nunca se viu um presidente não conseguir esse feito. A disputa entre um ex-presidente que chegou a ficar preso por 580 dias e um presidente considerado autoritário e incapaz, mas que mobiliza milhões. É tudo muito impressionante, mas temos que ver que, goste-se ou não, é mais, só isso, um capítulo de nossa história. O mundo não vai se acabar por isso, apesar da impressão de algo perigoso poderá acontecer.
Faltando tão pouco tempo, as pesquisas mostram que o líder das pesquisas não é o atual chefe de governo, mas o ex-presidente que busca, apesar da incredulidade de alguns governistas, levar a eleição no primeiro turno. Nunca aconteceu nada do que se apresenta, mas em tempos tão inéditos o nunca parece que não existe, ou existiu.
Não se imaginava que poderia acontecer um fato novo, mas aconteceu, o debate realizado no SBT no último sábado (24/09), em parceria com diversos outras emissora e veículos. Como se viu no debate da Band e, também, pool de veículos, foi dada nova oportunidade a chamada terceira via.
O líder nas pesquisas, Lula, preferiu não ir. O presidente Jair Bolsonaro foi e estava mais preparado do que da última vez, não maltratou jornalista mulher e foi cuidadoso com o tema. Lembrou que ajuda a pobreza, outro problemão que vem tendo, atrair o voto do mais pobre. Lula foi torpedeado como nunca no início, mas o que se viu do meio para o final foram criticas a Bolsonaro, um inusitado Padre (?!) Kelmon (PTB) levantando a bola do chefe de governo, um Ciro estranho e as mulheres, Simone Tebet e Soraya Thonicke, as então desconhecidas (até o debate da Band) - colocando o "Belo Sexo” no centro.
Muito provavelmente, arrisco dizer, as mulheres foram as grandes vencedoras. Se diz que o debate de sábado não teve a mesma penetração daquele que se viu na Band, mas a internet está aí para replicá-lo por bem mais tempo. Pesquisas que serão divulgadas poderão mostrar, ou não, que a avaliação da coluna é correta, mas as perguntas que podemos fazer, são: a não ida da Lula ao evento lhe foi danosa? A melhora de Bolsonaro, com apoio de um extra, vai lhe render alguma coisa? As performaces de Soraya, e principalmente de Simone, serão suficientes para alguma coisa? Ciro Gomes, “diferente”, segurou sua turma com ele?
Podemos dizer que o evento de sábado foi um fato novo, as pesquisas que serão divulgadas poderão gerar algo mais? Algo mais neste mundo de Meu Deus?
Agora, é a hora do tal voto útil de parte a parte. O bolsonarismo faz alarido nas ruas, isso poderá gerar violências? Os lulistas pretendem se mostrar nas redes sociais numa onda de é a hora, chegou a hora, isso vai virar onda, mesmo? A Justiça vai estar à altura dos desafios inéditos desses dias? A maioria das pessoas querem a solução em primeiro turno e como será se não for assim?! As pessoas irão votar acima da frequência tradicional? E se chover em todo o Brasil? E se.....
A eleição, que parece ser a única e última de todos os tempos, entrou na contagem regressiva e se alguém te disser que tem alguma certeza, duvide!
O Piauí no seu E-Mail
Escreva seu e-mail e receba as notícias do ARQUIVO 1