Ciro e Júlio César em caminhos diferentes na Câmara Federal
A “Menina dos Olhos” no parlamento, a relatoria do orçamento, dá ao partido que ocupa a pasta a possibilidade de manejar e indicar onde será aplicado o orçamento anual do país
A vinda de Rodrigo Maia (DEM-RJ) ao Piauí e a falta de acordo entre PROGRESSISTAS e DEMOCRATAS se tornou um grande problema para o senador Ciro Nogueira e o Deputado Federal Júlio César (PSD). O principal motivo é a relatoria da Comissão do Orçamento para 2019. Maia fechou acordo com o PSD de Júlio César e ofereceu o cargo de relator em troca dos votos para a sua reeleição, no entanto o PROGRESSISTAS também almejava o posto. Diante da negativa de Maia, o partido de Ciro Nogueira anunciou o nome de Artur Lira (PP-AL) para a disputa pela presidência da Câmara Federal.
A “Menina dos Olhos” na Câmara dos deputados, a relatoria do orçamento, dá ao partido que ocupa a pasta a possibilidade de manejar e indicar onde será aplicado o orçamento anual do país. O relator tem nas mãos a possibilidade de dialogar com todos os representantes sociais e órgãos da administração federal. Consequentemente traz um grande benefício político ao responsável pelo projeto.
No Piauí a situação entre PROGRESSISTAS e PSD é semelhante. O representante do PSD no legislativo estadual, Deputado Georgiano Neto, já declarou apoio a Themístocles Filho na disputa pela reeleição na Assembleia Legislativa. Contra o atual presidente está justamente o deputado progressista Hélio Isaías.
FLÁVIO NOGUEIRA LONGE DO PT
Outro que enfrentará em Brasília uma conjuntura avessa ao palanque estadual é o Deputado Federal Flávio Nogueira (PDT). O parlamentar participou, no último sábado (12/01), da reunião nacional do PDT que decidiu apoiar Rodrigo Maia para a presidência da Câmara. O acordo foi feito após a promessa de uma cadeira na mesa diretora para o partido. A decisão coloca o partido de Ciro Gomes na mesma chapa de seu principal rival, o PSL de Jair Bolsonaro, que também anunciou apoio a Rodrigo Maia.
Com a resolução, Flávio Nogueira mais uma vez vira as costas para o Partido dos Trabalhadores, assim como o PDT fez durante as eleições e não apoiou a candidatura do ex-presidente Lula e do seu sucessor Fernando Haddad. Em dezembro o PDT também decidiu isolar o Partido dos Trabalhadores e excluiu a sigla da composição de oposição, o bloco será formado por PSB, PC do B e o próprio PDT. O PT caminha para apoiar a candidatura de esquerda na disputa da presidência, o postulante será o deputado carioca Marcelo Freixo (PSOL-RJ).
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