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REALTIME/BIG DATA: O que dizem os números para governador?

Os números foram divulgados na Bancada Piauí, na TV Antena 10,com a análise de um cientista político

26 de setembro de 2018, às 11:00 | Douglas Cordeiro

Nesta terça-feira (25/09), o Instituto REALTIME/BIG DATA, divulgou sua primeira pesquisa para o governo do Estado. O levantamento foi encomendado pela TV Record.

Os números foram divulgados na Bancada Piauí, na TV Antena 10, com a presença do cientista político Bruno Soller, que fez uma análise do resultado.

Inicialmente, ficou claro na análise, que esta é uma eleição plebiscitária e o principal ponto está na continuação ou não do atual governo.

Olhando para os números, na pesquisa espontânea, quando o eleitor diz o nome do candidato sem que a relação dos nomes seja apresentada, o governador Wellington Dias (PT) aparece com 32%, Dr. Pessoa (SOLIDARIEDADE) tem 13% e Luciano Nunes (PSDB) teve 10%.

O percentual do atual governador, segundo o cientista político, é um número expressivo revelando um voto consolidado no mesmo patamar de outros governadores que buscam a reeleição e estão com tendência de vitória no primeiro turno.

Considerando os percentuais dos dois concorrentes diretos de Wellington Dias, Dr. Pessoa e Luciano Nunes, é possível afirmar que os três principais candidatos são bem conhecidos do eleitorado piauiense, diferente do que acontece em outros estados brasileiros, onde o índice de desconhecimento de que disputa a eleição ainda é alto, mesmo com a proximidade do dia da votação.

O número de indecisos, 32%, na votação espontânea, quando comparado com o restante do país é considerado baixo.

Na pesquisa estimulada, quando os nomes dos candidatos são apresentados ao eleitor, Wellington tem 45%, Pessoa aparece com 20% e Luciano com 13%. O governador é o que mais cresce da espontânea para a estimulada, 13%. Pessoa aumenta 7% e Luciano sobe 3%. Neste recorte, W. Dias também leva vantagem em relação a seus concorrentes diretos.

Um aspecto importante, olhando para a faixa etária dos eleitores pesquisados, é que Wellington pontua bem em todas as faixas, com um crescimento mais acentuados nos mais velhos. Já Dr Pessoa se destaca na classe mais jovem e Luciano de mais idade.

Quando o olhar é apenas para Teresina, que representa 30% da amostra, Bruno Soller não revelou os números mas afirmou que o governador lidera com um empate técnico entre Dr. Pessoa e Luciano Nunes. Ele destacou um crescimento do candidato tucano na capital.

Bruno destacou ainda que na região Norte do Piauí, principalmente Parnaíba e Pirirpiri, estão concentrados um grande número de eleitores indecisos e que votariam em branco ou anulariam o voto. Como é uma região com forte lideranças oposicionistas, este cenário também beneficia o atual governador já que a tendência era de que Dr. Pessoa e Luciano Nunes fossem os mais beneficiados nesta parte do Estado.

Falando agora de rejeição Wellington aparece com 39%, Dr. Pessoa com 14% e Luciano, Elmano e Fábio Sérvio estão empatados com 13%, cada um. Os dados sobre a avaliação do governo mostram que 28% dos entrevistados, somando ruim e péssimo, reprovam o governo. Portanto, comparando a rejeição de Wellington com a do governo, o cientista político afirma que os percentuais não são tão diferentes.

Dois candidatos também foram objetos de análises da pesquisa. Segundo Bruno Soller, o candidato Fábio Sérvio, do mesmo partido de Jair Bolsonaro, não está conseguindo atrair os votos do candidato a presidência da República, do PSL, que lidera as pesquisas. O eleitor de Bolsonaro, que é de classe média para alta com renda acima de três salários mínimos, tem escolhido outros candidatos como Dr. Pessoa, Luciano Nunes e até Wellington Dias, que é de outra corrente ideológica.

Sobre Elmano Férrer (PODEMOS), o analista afirmou que, mesmo sendo um senador da República e ex-prefeito de Teresina, ele tem passado a margem do processo eleitoral e não está consolidado na lembrança do eleitor.

Outro elemento a ser considerado é o número de eleitores que votarão em branco, nulo ou não comparecerão as urnas. Tanto na espontânea quando estimulada o percentual é de 12%. Isso mostra que esta parcela do eleitorado está decidida.

A pesquisa mostra uma tendência de decisão ainda no primeiro turno / Fotos: GP1


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