Salário corroído e 14 milhões sem emprego no Brasil
O problema é que tanto a fome quanto o desalento têm pressa e não caminham no compasso das vontades políticas
O país beira os 14 milhões de desempregados no primeiro trimestre do ano. Quem está no mercado de trabalho sente que o salário é corroído inexplicavelmente por uma inflação de 0,75% em março. Quem tem plano de saúde amarga pagar até o final do ano uma inflação médica de 12,8%, bem superior ao Índice de Preço ao Consumidor-IPCA previsto para 2019. Isso sem falar no combustível, com sucessíveis aumentos.
O poder aquisitivo do povo brasileiro vai perdendo força. Em qualquer parte do país ir ao supermercado é pagar mais para levar menos para casa. O resultado é que quem trabalha terá que cortar onde já não tem mais gordura e terá que passar a dispensar o que é essencial na sua mesa para fazer render o salário. Estes ainda têm sorte e pode ainda dizer que há o que comemorar neste dia 1 de maio.
Quem está desempregado se vira como pode. O que resta é esperar, por uma vaga de emprego, pela tão falada reforma da Previdência, que promete gerar mais postos de trabalho. O problema é que a fome e o desalento têm pressa e não caminham no compasso das vontades políticas. Enquanto isso, para comemorar o Dia do Trabalho, o Brasil para de trabalhar.
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