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A eleição na Assembleia Legislativa foi só o começo da disputa entre PT e MDB no Piauí

Este é um componente que deve fazer parte das eleições já que em vários municípios, PT e MDB estarão em palanques diferentes

COLUNA DO JORNALISTA Douglas Cordeiro

A eleição dos próximos presidentes da Assembleia Legislativa, por unanimidade, não é a perfeita tradução do entendimento entre as duas maiores bancadas do parlamento. Em política não existem aliados, apenas interesses comuns, por isso as duas eleições foram realizadas conjuntamente.

A intervenção do governador Rafael Fonteles, por mais de uma vez, foi decisiva para evitar problemas na base aliada e transformar uma calmaria em tempestade. Ficaram mágoas, muitas mágoas e dos dois lados. 

Este é um novo componente que deve fazer parte das eleições municipais já que em vários municípios, PT e MDB estarão em palanques diferentes, em alguns casos, até aliados com a oposição. Serão 224 cenários, com suas particularidades, que vão exigir do governador muita negociação. 

Todos querem aumentar o número de prefeitos e vereadores. Como comtemplar todos os aliados é impossível, o objetivo é sair do pleito eleitoral com o mínimo de sequelas possível. Para quem considerou o parlamento estadual o grande teste, não estava pensando nas eleições do próximo ano.

FALANDO EM MÁGOA

Jeová Alencar, único deputado estadual eleito pelo REPUBLICANOS, sentiu-se desrespeitado por não ter sido incluído em nenhuma chapa. A explicação, mais uma vez, é a proporcionalidade das bancadas. Como toda regra tem uma exceção, neste caso, fica fora do cálculo, o vice-presidente, que é uma escolha direta de quem vai comandar a Assembleia Legislativa. Jeová será contemplado nas comissões temáticas.

VAI COMEÇAR DE NOVO

Esta semana os deputados voltam a se reunir para discutir a formação de todas as comissões da Assembleia Legislativa. A composição segue a proporcionalidade das bancadas. A principal delas, a CCJ (Comissão de Constituição e Justiça), terá três deputados do PT e dois do MDB com os petistas ocupando a presidência.

ELEIÇÃO EM PARNAÍBA

As fotos, divulgadas nas redes sociais, com Dr. Hélio e Gracinha Moraes Souza, dois parlamentares de Parnaíba, distribuindo sorrisos e mostrando uma proximidade jamais vista antes, não era só um pacto por mais obras no município, mas o início de uma aproximação para as eleições de 2024. Na posse da filha, o prefeito Mão Santa fez elogios ao deputado do MDB e disse que as portas estão abertas para uma aliança.

ELEIÇÃO EM TERESINA

No UNIÃO BRASIL, comenta-se que Sílvio Mendes deve voltar ao comando do partido que, atualmente, está com Marcos Elvas, ex-prefeito do município de Bom Jesus. Não foi confirmado que Sílvio vai ser candidato á prefeitura de Teresina, mas esta possibilidade também não está descartada.

E A OPOSIÇÃO?

O deputado estadual, Fábio Novo, ressaltou a importância do papel da oposição na Assembleia Legislativa. Para o parlamentar, quanto mais barulhenta, melhor.

“A oposição muitas vezes, barulhenta, ajuda o governo a corrigir rumos. Muitas vezes o governador e os secretários não têm conhecimento de muitas situações. A oposição faz uma bem para qualquer governo”, disse Fábio Novo.

TÚNEL DO TEMPO

Nos últimos 22 anos, a Assembleia Legislativa do Piauí teve apenas dois presidentes. O conselheiro do Tribunal de Contas do Estado, Kléber Eulálio, por dois mandatos e o vice-governador, Themístocles Filho, que ficou 18 anos no comando do legislativo piauiense. Com a proibição de reeleição na mesma legislatura, essa possibilidade dificilmente vais se repetir.

FALANDO NISSO

Em mais de duas décadas, houve apenas uma eleição, em 2015, entre Themístocles Filho e Fábio Novo. O placar foi apertado, Themístocles teve 16 e Fábio recebeu 14. Em entrevista ao Jornal O Dia News, na O DIA TV, o atual líder do governo na Assembleia não revelou o nome, mas garantiu que era um parlamentar que votaria nele. Isso explica a desconfiança que reina na política.

PSD OU PT?

Jussara Lima, suplente de senadora de Wellington Dias, vive um impasse. Após assumir uma cadeira no Senado Federal, após Wellington Dias ser escolhido, por Lula, para o ministério do Desenvolvimento Social, ele trocaria o PSD pelo PT. O problema, é que seu partido, ou melhor, Gilberto Kassab, não quer abrir mão da vaga e diminuir a força da sigla.

É HORA DE CONVERSAR

Na última sexta-feira (03/02), Wellington Dias e Júlio César, marido da senadora, conversaram em Brasília sobre o assunto. O encontro é o começo de um longo debate sobre o futuro de Jussara Lima, que por enquanto, fica onde está.

FUTURO INDEFINIDO

O PT (Partido dos Trabalhadores), como não poderia ser diferente, está dividido em relação a ocupação de novos espaços na gestão de Dr. Pessoa. O diretório estadual defende candidatura própria e os vereadores estão dispostos a ampliar a participação do partido na administração municipal. Quem vence esta guerra?

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