COLUNA DO JORNALISTA Douglas Cordeiro
A sucessão municipal na capital piauiense ganha uma nova discussão. Integrantes dos partidos que apoiaram a eleição do governador Rafael Fonteles concordam que a base governista deve permanecer unida, mas que o candidato a prefeito não seja do Partido dos Trabalhadores.
A argumentação é que a sigla tem o presidente da República, o governador do Estado e que seria a hora de retribuir o apoio dos aliados. Ninguém comenta publicamente, mas o assunto é amplamente discutido nos bastidores.
É difícil imaginar que os petistas aceitem a proposta exatamente pelos mesmos motivos alegados pelos apoiadores. Um partido que comanda o Brasil e o Piauí não vai deixar de lançar um candidato à prefeitura de Teresina.
Os resultados das últimas eleições reforçam a tese da candidatura própria. No 2º turno, Lula obteve 62,37% dos votos e Rafael Fonteles perdeu a disputa por 24.161 votos, uma diferença considerada pequena já que Sílvio Mendes, candidato de oposição, foi prefeito duas vezes da capital.
Com este desenho, no máximo, teremos mais de uma candidatura ligada ao governo estadual, mas acreditar na desistência do PT, não é impossível, mas pouco provável.
FOTO: Portal GP1