COLUNA DO JORNALISTA Douglas Cordeiro
A polêmica na Câmara Municipal de Teresina, esta semana, deixou o vereador Capitão Roberval Queiroz em uma situação, no mínimo, desconfortável.
O parlamentar afirmou que não existem facções criminosas em Teresina, são quadrilhas e formadas, em sua maioria, por menores infratores. Para justificar sua declaração, o vereador citou que o Piauí não registra mais assaltos a agências bancárias.
Para quem conhece o mínimo sobre o modus operandi das organizações criminosas sabe que a relação que elas mantêm com bancos é apenas para lavagem do dinheiro obtido através de outras fontes.
Roberval Queiroz disse ainda que filmes de violência estariam influenciando menores, oriundos de famílias de baixa renda, para conseguirem bens materiais por meio do crime. Uma realidade incontestável, presente no Brasil, mas que não explica a complexidade em torno do crime organizado que ganhou, ao longo dos anos, uma sofisticação que a própria polícia tem combatido através de um trabalho diário de superação.
Não foi a intervenção que se esperava de um parlamentar que tem formação militar e deveria conhecer, mais do que qualquer colega de parlamento, que não é assim que a banda toca.