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Facção não é ficção. As organizações criminosas também são realidade no Piauí

A polêmica desta semana, na Cãmara Municipal, ainda gera debates e críticas nas redes sociais

COLUNA DO JORNALISTA Douglas Cordeiro

A polêmica na Câmara Municipal de Teresina, esta semana, deixou o vereador Capitão Roberval Queiroz em uma situação, no mínimo, desconfortável. 

O parlamentar afirmou que não existem facções criminosas em Teresina, são quadrilhas e formadas, em sua maioria, por menores infratores. Para justificar sua declaração, o vereador citou que o Piauí não registra mais assaltos a agências bancárias. 

Para quem conhece o mínimo sobre o modus operandi das organizações criminosas sabe que a relação que elas mantêm com bancos é apenas para lavagem do dinheiro obtido através de outras fontes. 

Roberval Queiroz disse ainda que filmes de violência estariam influenciando menores, oriundos de famílias de baixa renda, para conseguirem bens materiais por meio do crime. Uma realidade incontestável, presente no Brasil, mas que não explica a complexidade em torno do crime organizado que ganhou, ao longo dos anos, uma sofisticação que a própria polícia tem combatido através de um trabalho diário de superação. 

Não foi a intervenção que se esperava de um parlamentar que tem formação militar e deveria conhecer, mais do que qualquer colega de parlamento, que não é assim que a banda toca.

PSD BATEU O MARTELO

O vereador de Teresina, Vinício Ferreira (PSD), foi categórico ao afirmar que o partido está na oposição. Ele afirmou que o secretário Municipal de Esporte e Lazer, Renato Berger, já foi comunicado da decisão.

PREOCUPAÇÃO NO PSDB

O vereador Edson Melo está preocupado com o futuro do PSDB. O parlamentar lembrou do histórico do partido na capital, das administrações, afirmou que a legenda virou uma grife e pode terminar sua trajetória de forma triste, como uma sublegenda do PT.

A INDEFINIÇÃO DO UNIÃO BRASIL

Como a coluna adiantou ontem, o destino do UNIÃO BRASIL não está definido. O secretário de Meio Ambiente, Luís André, evitou tratar do assunto e disse que só fala sobre apoio em 2024. Disse apenas que, no momento, o partido faz parte da base de apoio de Dr. Pessoa.

UM NOVO DESTINO

Nos bastidores, comenta-se que se o UNIÃO BRASIL ficar na oposição, muitos integrantes vão procurar outras siglas já que ninguém quer perder a estrutura conquistada e fica difícil explicar a mudança de candidato perto da eleição.

FIM DA POLÊMICA

Os deputados estaduais Fábio Novo e Franzé Silva, levantaram a bandeira da paz. O presidente da assembleia disse que o companheiro de partido é um grande amigo e que já conversou com ele e todos os outros pré-candidatos do partido.

A NECESSIDADE DA BASE

O líder do prefeito, Antônio José Lira, voltou a cobrar fidelidade dos vereadores que integram a base do prefeito. Ele revelou que 23 vereadores circulam nos corredores do Palácio da Cidade, mas na Câmara Municipal, o número cai para 16 e nas votações, caso não ocorra uma articulação intensa, as matérias não são aprovadas.

NADA DE BARGANHAS E CONCHAVOS

Sobre a votação dos empréstimos, a votação deixou sequelas. Antônio José desmentiu as declarações da oposição de que houve liberação de emendas para vereadores. A aprovação das matérias foi consequência de um trabalho de articulação que contou com o apoio do presidente Enzo Samuel.

SITUAÇÃO OU OPOSIÇÃO? TEM QUE ESCOLHER

Agora os vereadores da base de apoio do Palácio da Cidade terão que mostrar a cara. A liderança do prefeito garantiu que existe um compromisso da presidência do parlamento e dos presidentes das comissões para agilizar a votação das pautas.

O RECADO FOI DADO

Durante um encontro entre vereadores, Antônio José Lira confessou que um parlamentar disse que havia conversado com Dr. Pessoa e que trataria suas demandas com o chefe do executivo já que Lira não era o prefeito. Como resposta, Antônio José disse que ele tinha muita sorte, porque se ele fosse prefeito, o parlamentar já teria “entrado na caneta”.

É ASSIM EM TODO LUGAR

Sobre as especulações de que os novos espaços na administração pública seriam ocupados por aliados do prefeito Dr. Pessoa, Antônio José Lira foi direto e disse que é esta é constatação lógica porque nenhuma gestão indica integrantes da oposição para ocupar cargos.

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