COLUNA DO JORNALISTA Douglas Cordeiro
Jair Bolsonaro, está de volta ao Brasil. Sua chegada foi discreta, sem multidão e sem buzinaço. Foi montado um esquema de segurança para evitar aglomeração e a possibilidade de repetir, mesmo em menor escala, o vandalismo que ocorreu em Brasília.
Ele participou de uma reunião na sede do PL (Partido Liberal) e confirmou que vai prestar esclarecimentos à Polícia Federal sobre a polêmica das joias.
No Palácio do Planalto, alguns aliados do presidente Lula tentaram minimizar o retorno do ex-presidente dizendo que ele é vulgar, solta palavrões e deve explicação à polícia. Os interlocutores mais atentos estão preocupados com a possibilidade de uma sequência de troca de farpas que só interessaria a oposição. Basta lembrar o episódio recente entre Lula e Moro.
Bolsonaro, usando a estratégia correta, vai “infernizar” a vida do presidente da República. Líder natural da oposição, com uma militância orgânica e uma votação expressiva na última eleição.
Ele vai conseguir manter este capital político? Vai ser uma “pedra no sapato” de Lula? Consegue manter-se competitivo para a próxima eleição? A resposta está no caminho que o ex-presidente decidir trilhar, mas principalmente nas reações de Lula. Provocações não faltarão, cabe ao atual chefe do executivo aceitar ou não subir no palanque.
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