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Lula não pode desprezar o capital político do ex-presidente Jair Bolsonaro

Alguns aliados tentaram minimizar o retorno e outros estão preocupados com o início de uma sequência de troca de farpas

COLUNA DO JORNALISTA Douglas Cordeiro

Jair Bolsonaro, está de volta ao Brasil. Sua chegada foi discreta, sem multidão e sem buzinaço. Foi montado um esquema de segurança para evitar aglomeração e a possibilidade de repetir, mesmo em menor escala, o vandalismo que ocorreu em Brasília. 

Ele participou de uma reunião na sede do PL (Partido Liberal) e confirmou que vai prestar esclarecimentos à Polícia Federal sobre a polêmica das joias. 

No Palácio do Planalto, alguns aliados do presidente Lula tentaram minimizar o retorno do ex-presidente dizendo que ele é vulgar, solta palavrões e deve explicação à polícia. Os interlocutores mais atentos estão preocupados com a possibilidade de uma sequência de troca de farpas que só interessaria a oposição. Basta lembrar o episódio recente entre Lula e Moro. 

Bolsonaro, usando a estratégia correta, vai “infernizar” a vida do presidente da República. Líder natural da oposição, com uma militância orgânica e uma votação expressiva na última eleição. 

Ele vai conseguir manter este capital político? Vai ser uma “pedra no sapato” de Lula? Consegue manter-se competitivo para a próxima eleição? A resposta está no caminho que o ex-presidente decidir trilhar, mas principalmente nas reações de Lula. Provocações não faltarão, cabe ao atual chefe do executivo aceitar ou não subir no palanque.

FOTOS: Olhar Digital

PLANTOU VENTO, COLHEU TEMPESTADE

Em um evento no Estados Unidos, o senador Sérgio Moro (UNIÃO BRASIL-PR), acusou Lula de divulgar “desinformação grave” ao dizer que houve “armação” na “Operação Sequaz”, da Polícia Federal, que prendeu nove integrantes de uma facção criminosa que planejava atentados contra autoridades brasileiras.

A SOLUÇÃO ESTÁ NO CONGRESSO NACIONAL

A maioria dos pedidos feita pelos prefeitos, que estiveram em Brasília, está contemplada na reforma tributária que deve ser votada, durante este ano, no Congresso Nacional. Com um sistema de cobrança de tributos mais simples, vai ser possível melhorar a arrecadação.

UM OLHO NO PEIXE E OUTRO NO GATO

Os prefeitos que não podem concorrer à reeleição levaram seus candidatos para o evento em Brasília. Os gestores aproveitaram a oportunidade para estreitar contatos com deputados e senadores para o pleito do próximo ano.

POR ENQUANTO, SÓ OBSERVANDO

O ex-prefeito de Teresina, Sílvio Mendes continua observando a cena política piauiense. Seu partido, UNIÃO BRASIL, vai apoiar a reeleição de Dr. Pessoa. Uma volta para o PSDB não é garantida. Os tucanos estão divididos entre lançar candidatura própria e integrar uma coligação com o PT.

VOLTAR PARA SEGUIR EM FRENTE

Caso decida concorrer à prefeitura de Teresina, o destino mais provável é o PROGRESSISTAS. O partido tem estrutura, recursos financeiros e tempo de televisão. Outro ponto importante neste contexto de indefinição, não existe possibilidade de aproximação com o PT e nem com Dr. Pessoa. Sílvio já foi filiado à sigla.

NÃO SERÁ TÃO FÁCIL QUANTO SE PENSA

A eleição municipal não tem sido um assunto comentado, publicamente, pelo governador do Piauí. Nos bastidores, alguns municípios estão na mira de Rafael Fonteles. Um interlocutor próximo revelou que em Teresina, Picos e Parnaíba, os três maiores colégios eleitorais, a meta é manter a base governista unida para evitar vitória da oposição.

O DESAFIO DE 2024 SÃO OS ACORDOS DE 2020

É exatamente nestes três casos que, provavelmente, o governador vai precisar intervir para conseguir unir seus aliados e ao mesmo tempo diminuir as chances de vitória da oposição. Em Teresina, cada aliado tem um candidato, em Picos, Nerinho está com Gil Paraibano e na Parnaíba, só o PT tem três candidatos e Dr. Hélio pode ser apoiado por Mão Santa.

AS ALIANÇAS DE 2024 E SEUS REFLEXOS EM 2026

Certamente, as conversas para 2024 vão incluir as eleições de 2026. O problema não são os aliados. Todos partidos da base estarão juntos com Rafael Fonteles o que o governador não quer é que indiretamente, alguns membros da base governista ajudem a fortalecer seus futuros opositores.

ARTICULAÇÃO QUE PODE DEFINIR A ELEIÇÃO

O deputado estadual, Warton Lacerda, pré-candidato à prefeitura de Altos, conseguiu o apoio de Neto Delmiro, que disputou a última eleição e conquistou cerca de 20% dos votos. Por essa, o prefeito Maxwell da Mariinha não esperava.

DISPUTA QUE PODE DEIXAR SEQUELAS

O PT tem vários candidatos à prefeitura de Teresina, mas apenas dois têm concentrado as atenções. O presidente da Assembleia Legislativa, Franzé Silva e o líder do governo, deputado estadual Fábio Novo. Franzé tem mantido uma agenda intensa em busca de apoio para viabilizar sua candidatura e Fábio Novo tem criticado a forma como a disputa está acontecendo.

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