COLUNA DO JORNALISTA Douglas Cordeiro
Não é recente a discussão sobre a necessidade de uma reforma tributária no Brasil. Entra governo, sai governo, o tema é discutido, mas na hora de finalizar uma proposta e colocá-la em votação, falta vontade política e nada acontece.
Parece que desta vez, um novo modelo de tributação vai sair do papel. Nunca houve uma conjuntura política tão favorável com a união de esforços do presidente Lula, do presidente do Senado Federal, Rodrigo Pacheco e do presidente da Câmara Federal, Arthur Lira, para aprovação de um tema tão complexo, mas indispensável para o país voltar a crescer através de uma cobrança de tributos mais justa e simples.
O que deixou o mercado, a classe política e os brasileiros preocupados, foi a recente declaração do presidente da Câmara, afirmando que Lula ainda não tem uma base de apoio para aprovar projetos que exigem maioria simples, muito menos quórum constitucional.
O presidente da República foi eleito com uma ampla frente de partidos, conquistou mais aliados após sua eleição e a votação recorde de Lira, na sua reeleição, tem a digital do Palácio do Planalto. Afinal, Lira está fazendo um alerta para que a coordenação política do governo federal entre em campo para consolidar o grupo governista ou ele está dando sinais de que não será tão aliado quanto se pensava?
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