COLUNA DO JORNALISTA Douglas Cordeiro
O bloco oposicionista na Câmara Municipal de Teresina começa a intensificar as críticas ao Palácio da Cidade. Os vereadores Zé Nito (MDB) e Fernanda Gomes (SOLIDARIEDADE) são dois reforços que a oposição ganhou na queda de braço com o bloco governista.
O vereador Ismael Silva (PSD), que cobra da gestão municipal a liberação das emendas parlamentares, revelou que esteve com Dr. Pessoa, no dia 10 de março, para tratar da construção de um ginásio de esportes na região da Santa Maria da Codipi.
No encontro, o prefeito autorizou a obra e a documentação foi entregue ao secretário de Governo que ficou com a responsabilidade de providenciar a liberação dos recursos.
Quase três meses depois, o parlamentar afirma que nunca conseguiu uma reunião com Michel Saldanha e denunciou que ele “arrancou” a assinatura do prefeito do documento que autorizava o aditivo a uma emenda parlamentar de 2022 para a construção da obra.
O líder do prefeito no parlamento municipal, Antônio José Lira, disse que a tramitação ocorre normalmente e que é preciso ter paciência e que a oposição só quer saber de fuxico.
FOTOS: Portal O Dia
REAÇÃO A MADURO
A visita do presidente da Venezuela ao Brasil, Nicolás Maduro, gerou protestos da oposição ao presidente Lula. Em Teresina, o vereador Edson Melo (PSDB), classificou Maduro como um dos ditadores mais sanguinários do mundo e citou os venezuelanos que fugiram do país para várias cidades brasileiras. Para o parlamentar, Lula passa uma péssima imagem do Brasil para o mundo mostrando apoio ao presidente venezuelano.
DEFESA DE LULA
O vereador do PT, Deolindo Moura, rebateu Edson Melo e disse que Lula tem conversado com diversos líderes mundiais e que não é apenas Maduro que veio ao Brasil, mas vários presidentes sul-americanos. Ele acusou o ex-presidente Bolsonaro de conversar apenas com ditadores e citou uma visita do ex-presidente ao Oriente Médio.
O DESTINO DE BÁRBARA
O deputado estadual, Júlio Arcoverde (PROGRESSISTAS-PI), disse que o destino de Bárbara do Firmino será decidido através de pesquisas que vão indicar se ela será mais competitiva pelo seu partido ou concorrendo pelo PSDB, partido mais identificado com o ex-prefeito Firmino Filho.
O NINHO TUCANO
As principais lideranças tucanas não têm demonstrado rejeição a Bárbara do Firmino, mas uma provável filiação ao PSDB e concorrer à prefeitura da capital pelo partido, passa por uma amplo diálogo e o convencimento através de pesquisas e do apoio de Sílvio Mendes que ela tem condições reais de vencer a próxima eleição.
SUPERAÇÃO DE OBSTÁCULOS
A missão de Bárbara do Firmino não será fácil. Ela precisa conquistar o apoio do PSDB, que precisa desistir da pré-candidatura de Luciano Nunes, crescer nas pesquisas quantitativas, melhorar sua avaliação nas pesquisas qualitativas e obter o apoio do ex-prefeito Sílvio Mendes.
DIÁLOGO COM O PT
Outro ponto bastante comentado nos bastidores é que Bárbara precisa interromper o diálogo com os petistas. Como a possibilidade de concorrer como vice está descartada, não faria sentido, para seus aliados, permanecer dialogando com o PT já que uma composição com o Palácio de Karnak está completamente descartada.
SEM PROBLEMAS NO MDB
O deputado estadual, João Mádison (MDB), disse que o partido já conversou sobre a eleição para presidência da Assembleia Legislativa e que a chapa será a mesma, com Severo Eulálio para presidência e todas as vagas na mesa diretora serão mantidas, sem possibilidade de alteração.
O ACORDO ESTÁ MANTIDO
Durante entrevista para explicar como o parlamento estadual deve proceder com base na decisão do Supremo Tribunal Federal, o presidente Franzé Silva também sinalizou para a manutenção do acordo com o MDB que vai ocupar a presidência da Assembleia Legislativa no segundo mandato.
OPINIÕES DIVIDIDAS
A foto de uma visita da deputada estadual, Bárbara do Firmino (PROGRESSISTAS), ao governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, gerou mais polêmica em torno da possibilidade de uma filiação dela ao PSDB. Alguns tucanos afirmam que a parlamentar estaria trilhando o caminho errado, outros começam a considerar que Bárbara, filiada ao partido, poderia ser a oportunidade do partido entrar na disputa com chances reais de vitória.
É POSSÍVEL UM ENTENDIMENTO?
Vários integrantes da base governista defendem que os partidos devem repetir, em Teresina, a mesma coligação que elegeu Rafael Fonteles como governador do Piauí. Será que é possível? Alguém acredita que o PT pode abrir mão de lançar seu candidato? Na federação partidária ainda tem Teresina Brito como pré-candidata. O MDB já apresentou alguns nomes e o PSD tem o deputado federal Marcos Aurélio. Com apenas duas vagas na chapa majoritária, quem poderia desistir?