COLUNA DO JORNALISTA Douglas Cordeiro
Dr. Pessoa será candidato à reeleição. Decisão que ele repetiu inúmeras vezes em entrevistas à imprensa. Para o gestor que pensa em conseguir um novo mandato, é necessário percorrer dois caminhos.
O primeiro, é ajustar a gestão diminuindo a possibilidade de erros. Os espaços na administração devem ser reorganizados, incluindo novos aliados sem perder a capacidade de resolutividade.
O outro, envolve a relação com o legislativo municipal. A base de apoio precisa de sintonia, trabalhar com o mesmo discurso, sem espaço para divergências.
As duas linhas possuem dinâmicas diferentes, mas uma depende da outra. O prefeito de Teresina precisa olhar para gestão e para a Câmara Municipal ao mesmo tempo. Uma decisão no executivo tem consequência no legislativo.
Esta semana será decisiva e vai ter reflexos na relação entre os dois poderes daqui para frente. Alguns vereadores não podem mais usar determinadas manobras para não votar matérias do executivo, quem for contra, terá que mostrar a cara e assumir as consequências do seu voto.
Os parlamentares alinhados com a prefeitura, também terão que exercer os seus papéis de integrantes da base. É hora de saber quem é quem.
QUAL A EXPLICAÇÃO PARA A DEMORA?
A Semana Santa foi de muita articulação para a aprovação do projeto de empréstimo com a Agência Francesa. É bom lembrar que o pedido é de 2020, da gestão do ex-prefeito Firmino Filho. A única modificação, solicitada pelo Tesouro Nacional, já foi feita e a matéria já foi aprovada em primeira votação. Por que não aprovar em segunda votação?
OS CÁLCULOS DA PRÓXIMA SESSÃO
Um interlocutor do Palácio da Cidade informou à coluna que a articulação do executivo municipal já conversou com 16 vereadores, nos últimos dias, sobre a votação da próxima terça-feira. A expectativa é que o placar ultrapasse os 20 votos.
O OUTRO TESTE DE FOGO
O empréstimo com a Caixa Econômica Federal deve ser colocado em votação na quarta-feira. O valor é de R$ 40 milhões para a construção de 441 casas populares. Os técnicos da prefeitura de Teresina garantem que todas as informações solicitadas foram enviadas.
PARA FECHAR A CONTA
Ainda tem mais um projeto que está previsto para esta semana. A votação do REFIS. O refinanciamento de dívidas de pessoas físicas e jurídicas. A matéria tem apelo popular e muitos devedores estão de olho na oportunidade de parcelar seus débitos.
ACABOU O JOGO DA CAMUFLAGEM
A base de apoio de Dr. Pessoa conta hoje com 16 parlamentares. O prefeito foi taxativo e disse que a composição no parlamento tem que ser transparente. O vereador que estiver na base tem que se comportar como aliado, caso contrário, será considerado oposição e nada de espaços na gestão municipal.
A ASCENSÃO DE NOVOS NOMES
A equipe administrativa também tem sido questionada pelo prefeito Dr. Pessoa. Ele tem promovido delegado mais poderes a alguns secretários e outros estão sem influência nas decisões. O secretário de Finanças, Admilson Brasil, atualmente, é um dos nomes de maior poder na administração.
PROJETO REVISADO E CONCLUÍDO
O projeto da nova reforma administrativa da prefeitura de Teresina já está finalizado. Os secretários estão aguardando o retorno de Dr. Pessoa, que viajou para Brasília, para apresentá-lo e em seguida enviá-lo para apreciação da Câmara Municipal.
CRITÉRIOS BEM DEFINIDOS
Michel Saldanha garantiu que o projeto de reforma administrativa foi bem elaborado e apresenta todos os detalhes técnicos necessários para que os vereadores possam resolver qualquer dúvida sobre a finalidade da divisão das SAADs.
PREFEITO DE OLHO NO COFRE
O secretário de Governo disse que é natural, com a criação de novos órgãos, o surgimento de despesas, mas garantiu que a determinação de Dr. Pessoa é que sejam feitos remanejamentos de cargos já existentes para as novas SAADs para que os custos sejam reduzidos.
SOBRE AS EMENDAS IMPOSITIVAS
Sobre as emendas impositivas, motivo de reclamação dos vereadores, Michel Saldanha disse que o atraso ocorre em função de questões burocráticas. No caso de obras que já tem licitação pronta, os recursos são liberados com maior rapidez. Quando existe a necessidade de uma nova licitação, gera uma demora na execução.