COLUNA DO JORNALISTA Douglas Cordeiro
Em Brasília, a possibilidade do PV solicitar a saída da federação com o PT e PC do B tem sido considerada pela direção nacional do partido. A justificativa é que a sigla não tem sido ouvida na definição dos candidatos nos principais municípios do país.
Em muitos casos, o partido tem pré-candidatos competitivos, mas sempre prevalece os nomes indicados pelo PT com o apoio do PC do B. O caminho seria uma solicitação formal ao Tribunal Superior Eleitoral, detalhando a situação e mostrando os prejuízos eleitorais que a sigla sofreria nesta eleição. Caso o pedido seja formalizado é preciso aguardar o posicionamento do TSE.
Alguns especialistas acreditam que é difícil conseguir uma autorização que poderia enfraquecer as regras das federações e gerar vários outros pedidos, outros acreditam que dependendo do conteúdo apresentado, existe uma possibilidade de sucesso.
Considerando a possibilidade de uma vitória, o cenário eleitoral muda em vários municípios brasileiros. Em Teresina, a presidente da executiva regional da PV, Teresa Britto, estaria com o caminho livre para avançar com sua pré-candidatura à prefeitura da capital.
Um nome competitivo, que conhece a cidade, tem experiência como parlamentar e com potencial de crescimento nas pesquisas eleitorais. Historicamente, ela sempre fez oposição ao PT e sempre manifestou sua insatisfação com a federação. A entrada de Teresa Britto muda o contexto da disputa pelo Palácio da Cidade.
FOTOS: Portal GP1
OS EFEITOS EM TERESINA
Neste cenário, uma mudança é considerada certa. A vereadora do partido, Pollyanna Rocha, não ficaria na sigla. Ela já declarou apoio à pré-candidatura de Fábio Novo que já causou desentendimento com Teresa Britto. A parlamentar buscaria outra sigla para concorrer à renovação do seu mandato.
NADA DE PROXIMIDADE
Não é preciso ir muito longe para perceber que nunca houve uma aproximação da PV com o PT no Piauí. Nas últimas eleições, Teresa Britto atribuiu à federação a sua derrota nas urnas na tentativa de renovar o seu mandato na Assembleia Legislativa e até agora, não houve qualquer contato com Fábio Novo.
MAIS CLARO, IMPOSSÍVEL
Em Teresina, a disputa eleitoral continua aquecida e com fatos novos que deixam o cenário mais apimentado. O deputado estadual, Evaldo Gomes, presidente do SOLIDARIEDADE, foi taxativo ao afirmar que só fica no partido quem estiver alinhado com o governador Rafael Fonteles, consequentemente, com seus pré-candidatos.
A VONTADE DA MAIORIA
Evaldo Gomes afirmou que as decisões de apoiar Rafael Fonteles e a pré-candidatura de Fábio Novo, foram tomadas pela quase unanimidade do partido. A escolha da maioria deve ser respeitada e a saída de Dilson Resende é uma demonstração de que a sigla segue alinhada com as escolhas que foram feitas.
PULSO FIRME
Do ponto de vista político, Evaldo Gomes está correto quando afirma que as decisões precisam ser respeitadas. Ele é um aliado de primeira hora do governador e como presidente estadual do partido, precisa manter o pulso firme no comando para não abrir precedentes para que situações semelhantes voltem a acontecer.
O FUTURO NO REPUBLICANOS
O prefeito Dr. Pessoa faz mais uma viagem para Brasília com o objetivo de resolver seu futuro no REPUBLICANOS. Ela vai conversar com o presidente nacional da sigla, Marcos Pereira, para saber se a federação com o UNIÃO BRASIL e PROGRESSISTAS vai ser efetivada antes da eleição deste ano.
A CHAPA DE VEREADORES DO MDB
Após a indicação do médico Paulo Márcio como pré-candidato a vice na chapa de Fábio Novo, os emedebistas seguem dialogando para a montagem da chapa proporcional. Um dos alvos do partido é o vice-prefeito de Teresina, Robert Rios Magalhães, que pretende disputar o pleito eleitoral deste ano na capital.
OPOSIÇÃO AO PALÁCIO DA CIDADE
O vice-prefeito ainda está filiado ao REPUBLICANOS e vai buscar uma vaga na Câmara Municipal em outro partido. Paulo Márcio também participou da conversa. No caso de assinar a ficha de filiação no partido, Robert Rios passa a integrar a base de apoio do governador Rafael Fonteles e reforça o time de oposição a Dr. Pessoa.
OLHANDO A PRÓXIMA ELEIÇÃO
Durante uma conversa com um tucano histórico sobre este impasse no partido. Ele disse que o futuro da sigla passa pela eleição deste ano. A decisão que vai ser tomada sobre o pleito na capital deve levar em conta a disputa de 2026. Neste cenário, qual o caminho que deve ser trilhado para fortalecer o PSDB?
COMO SERIA A COMPOSIÇÃO?
Fábio Novo já tem Paulo Márcio como pré-candidato a vice, indicação do MDB, especificamente, de Themístocles Filho. O ex-deputado estadual, Luciano Nunes conseguiria levar o partido ou seria apenas o seu apoio? Dependendo das respostas, os caminhos são diferentes. Também é preciso saber como Rafael Fonteles avalia a chegada de Luciano Nunes.