Criança nasce prematura e é transferida em uma boleira para Teresina
A equipe médica adotou uma incubadora improvisada para que a recém-nascida fosse transferida com maior segurança
Uma bebê nasceu prematura na cidade de Baixa Grande do Ribeiro pesando apenas 1 kg e precisou ser transferida às pressas para uma maternidade em Teresina. Como o município não possui UTI Neo-Natal, o transporte da criança teve que ser feito em um recipiente plástico usado para guardar bolo, que foi adaptada a entrada de oxigênio para a bebê resistir à viagem de mais de 600 km até a capital. Para a mãe, Flávia Lira, que teve Elisa aos seis meses de gestação, a filha é um milagre.
O nascimento aconteceu no dia 12 de abril e a criança se recupera bem, na Maternidade Wall Ferraz, Zona Sudeste de Teresina. Para a mãe Flávia Lira, o nascimento da filha foi um milagre. Ela temeu pela vida da filha já que nasceu com apenas 26 semanas de gestação, o que corresponde a seis meses.
“Eu não estava acreditando que ela iria nascer. Eu senti uma dor, mas não imaginava que iria ter a neném. Foi desesperador. Hoje, é um milagre e posso dizer que ela mudou a minha vida”, disse.
Flávia sentiu as contrações e quase duas horas depois, a criança nasceu.
“Em todos os momentos, eu pensei que ela nasceria morta. Eu não queria nem olhar. Quando eu escutei ela chorar, foi que eu olhei e vi que ela estava viva. Daquele momento em diante, minha fé aumentou. Eu disse: minha filha vai viver sim”, conta emocionada.
Depois do parto, começou uma correria contra o tempo para dar assistência médica à filha. O Hospital Municipal de Baixa Grande do Ribeiro não tinha estrutura de receber a bebê. As cidades vizinhas não tinham unidade de tratamento intensivo pediátrica disponível. A solução foi transferi-la para a capital. Foi uma viagem longa.
A equipe médica adotou uma incubadora improvisada para que a recém-nascida fosse transferida com maior segurança. A bebê está em uma UTI pediátrica em uma maternidade em Teresina e está evoluindo bem,
O médico Rhuan Serra acompanhou todo o processo.
“A gente teve a ideia porque o hospital de pequeno porte não possui uma incubadora de transporte. A gente fez uma adaptação através de uma forma de bolo e colocou o oxigênio garantindo que ela ficasse com a respiração protegida até chegar em Teresina”, disse ele.
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