Dr. Pessoa ameaça cortar plano de saúde de professores em greve
O sindicato denuncia ainda que mais de 600 professores tiveram os contracheques zerados pela Secretaria Municipal de Educação
Os professores da rede municipal de Teresina que seguem em greve poderão ter o direito ao plano de saúde cortado pelo IPMT (Instituto de Previdência Municipal de Teresina), de acordo com denúncias do SINDSERM (Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Teresina). A previsão é de que a medida comece a vigorar a partir da próxima semana.
O coordenador geral do SINDSERM, Sinésio Soares, disse que a possibilidade da suspensão foi apresentada pelo presidente do IPMT, Kennedy Glauber, durante reunião entre o gestor e o comando de greve na última segunda-feira (08/08).
O sindicato classificou a medida como uma ameaça aos grevistas e um ataque contra a categoria. A assessoria jurídica do SINDSERM apresentará nesta quarta-feira (10/08) um mandado de segurança preventivo para tentar barrar a suspensão do plano de saúde.
“Vamos entrar com um mandado de segurança porque eles querem retirar o plano de saúde para impor que os professores grevistas retornem de qualquer jeito. Isso vai causar, inclusive, mortes. Se acontecer alguma coisa com qualquer servidor a gestão vai pagar por isso”, disse Sinésio Soares.
O sindicato denuncia ainda que mais de 600 professores tiveram os contracheques zerados pela Secretaria Municipal de Educação devido adesão ao movimento grevista, o que teria gerado problemas financeiros e psiquiátrico a diversos profissionais.
A greve dos professores da rede municipal de Teresina já dura 188 dias. Os profissionais reivindicam o reajuste de 33,24%, ante os 16% encaminhados pelo prefeito Dr. Pessoa e aprovado pela Câmara Municipal de Teresina.
A produção fez contato com o IPMT para esclarecimentos, mas até o momento não obteve retorno. O espaço segue aberto para manifestações posteriores da gestão municipal.
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