Polícia

Câmera revela a verdade sobre o assassinato de motorista de aplicativo em Teresina

A ampla divulgação do material pela imprensa local permitiu que os investigadores chegassem rapidamente ao suspeito


O assassinato do motorista de aplicativo Diego Alves de Araújo Paes, ocorrido em abril no bairro Mafrense, zona norte de Teresina, ganhou novos contornos após investigação minuciosa. O Departamento de Homicídio e Proteção à Pessoa (DHPP) concluiu que o crime não foi um homicídio comum, mas um latrocínio - roubo com resultado morte - motivado por informações equivocadas sobre supostas quantias em dinheiro na residência da vítima.

Anacleto Nobre dos Anjos Júnior, capturado na última sexta-feira (16/05) pelo Batalhão Especial de Policiamento do Interior (BEPI), invadiu a casa de Diego movido pela ganância e por informações falsas. 

"Durante toda a investigação, descobrimos que o suspeito não tinha intenção inicial de matar, mas de roubar. Ele recebeu a falsa informação de que haveria uma grande quantia de dinheiro guardada na residência", revelou o delegado Genival Vilela, responsável pelo caso.

O desenrolar da tragédia foi diferente do inicialmente imaginado. Esta constatação mudou completamente a linha investigativa, reclassificando o crime.

"Não houve disparos imediatos como seria típico em casos de execução. O que nossas evidências mostram é que ocorreu uma intensa luta corporal entre vítima e agressor, resultando nos ferimentos fatais de Diego", disse o delegado.


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COMO AS CÂMERAS DE SEGURANÇA FORAM DECISIVAS PARA SOLUCIONAR O CASO

As imagens capturadas por câmeras de segurança tornaram-se peças fundamentais para a identificação do criminoso. A ampla divulgação do material pela imprensa local permitiu que os investigadores chegassem rapidamente ao suspeito.

"As gravações não deixaram dúvidas sobre a identidade do agressor. Curiosamente, Anacleto já havia sido ouvido pelos nossos investigadores aproximadamente uma semana antes de sua captura oficial", explicou Vilela. 

Este detalhe demonstra como o cerco foi se fechando gradualmente em torno do suspeito, que acabou detido na própria zona norte da capital piauiense.

A tecnologia, mais uma vez, provou ser aliada indispensável da justiça. Os registros visuais não apenas ajudaram a identificar o autor do crime, mas também a compreender a dinâmica dos acontecimentos, descartando a hipótese inicial de homicídio premeditado.

JUSTIÇA EM ANDAMENTO: O QUE ACONTECE AGORA COM O ACUSADO

Atualmente, Anacleto Nobre dos Anjos Júnior encontra-se sob prisão temporária, com prazo estipulado de 30 dias. O DHPP trabalha intensamente para concluir o relatório final que será encaminhado à Justiça, com expectativa de que seja solicitada a conversão para prisão preventiva, mantendo o acusado detido durante todo o processo judicial.

A investigação meticulosa realizada pelos agentes do DHPP demonstra o compromisso das autoridades em esclarecer completamente as circunstâncias do crime, proporcionando às famílias envolvidas a chance de ver a justiça ser feita.

Diego Alves de Araújo Paes / FOTO: Reprodução WhatsApp

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