Como a bancada de oposição avaliou o pedido de empréstimo do governo do Estado?
Ao longo da história, a Assembleia Legislativa sempre autorizou o poder executivo as autorizações de empréstimos. Quando o governo solicita a aquisição de recursos através de operações de créditos, a justificativa é para investimentos em diversas áreas que o poder público não tem recursos próprios suficientes. A oposição cobrou um cronograma a aplicação do dinheiro que será obtido. O governo solicitou um prazo de sessenta dias para enviar o detalhamento das obras. Como o processo de empréstimo tem várias etapas, houve um entendimento para a aprovação da operação após a liderança da base governista garantir a apresentação da documentação e por isso decidimos autorizar o aporte de recursos. Nós queremos transparência nas explicações, mas não vamos impedir que o dinheiro seja adquirido para a realização de obras. Solicitamos que os valores sejam depositados em uma conta única para que seja facilitada a fiscalização. Não se trata de torcer contra o Piauí. Não vamos atrapalhar o desenvolvimento da sociedade piauiense.
A oposição tem conseguido se impor na Assembleia Legislativa?
A Assembleia Legislativa vive um dos momentos de maior diálogo da sua história. Talvez seja uma das legislatura de maior harmonia. Não existe atritos de ordem pessoal. Nós estamos com uma ótima relação entre as bancadas. O governo enviou, recentemente, um projeto para a redução do IPVA para motos de até 170 cilindradas e votamos favoráveis. No caso do reajuste dos professores, lutamos até o último momento para o reajuste linear. Nós temos uma postura de independência para divergir, mas quando existe uma coincidência de interesses nós sentamos a mesa e dialogamos. A oposição não tem o papel de xingar e ofender. Como somos minoria, se tivermos um comportamento agressivo não conseguimos aprovar nem requerimento para realizar audiência pública. É preciso ter habilidade para contestar e ao mesmo tempo discutir os projetos que consideramos importantes para o povo piauiense.