Polícia

Em Teresina, Polícia Federal cumpre mandados por fraudes em produtos contra a COVID-19

Segundo as investigações, o grupo criminoso realizava a venda fictícia e superfaturada de produtos e insumos para o combate à pandemia


<p>A Pol&iacute;cia Federal, com a participa&ccedil;&atilde;o da Controladoria-Geral da Uni&atilde;o, deflagrou nesta quinta-feira (17/11) a &quot;Opera&ccedil;&atilde;o Arrivismo&quot;, nos munic&iacute;pios de S&atilde;o Lu&iacute;s/MA, Pedreiras/MA, Bacabal/MA, Timon/MA e Teresina, com a finalidade de desarticular grupo criminoso que realizava a venda fict&iacute;cia e superfaturada de produtos e insumos destinados ao combate &agrave; pandemia da COVID-19 no munic&iacute;pio de Pedreiras/MA.</p><p>Est&atilde;o sendo cumpridos 20 mandados de busca e apreens&atilde;o e outras medidas diversas da pris&atilde;o decretadas para 17 alvos da opera&ccedil;&atilde;o. Ao todo 66 policiais federais e 4 auditores da Controladoria-Geral da Uni&atilde;o cumpriram as determina&ccedil;&otilde;es judiciais expedidas pela 1&ordf; Vara Federal Criminal da SJMA, em decorr&ecirc;ncia de representa&ccedil;&atilde;o elaborada pela Pol&iacute;cia Federal.</p><p>A investiga&ccedil;&atilde;o teve in&iacute;cio a partir de informa&ccedil;&otilde;es produzidas pela Central de Opera&ccedil;&otilde;es Estaduais da Secretaria-Adjunta da Fazenda do Estado do Maranh&atilde;o. Informa&ccedil;&otilde;es iniciais apontavam para suposta simula&ccedil;&atilde;o e superfaturamento na venda de v&aacute;rios insumos e materiais que deveriam ser utilizados no combate &agrave; pandemia, como aventais, m&aacute;scaras, ventilador eletr&ocirc;nico e diversos litros de &aacute;lcool em gel.</p><p>Posteriormente, a pedido da Pol&iacute;cia Federal, a Controladoria-Geral da Uni&atilde;o refor&ccedil;ou os ind&iacute;cios anteriores e trouxe elementos indicadores de fraudes em pelo menos sete processos de dispensa de licita&ccedil;&atilde;o do munic&iacute;pio de Pedreiras/MA.</p><p>A partir dos dados fornecidas por esses &oacute;rg&atilde;os, a Pol&iacute;cia Federal efetuou a an&aacute;lise de informa&ccedil;&otilde;es financeiras suspeitas constantes em extratos banc&aacute;rios e confirmou movimenta&ccedil;&otilde;es at&iacute;picas de pelo menos quatro empresas envolvidas, calculando preju&iacute;zos aos cofres p&uacute;blicos que ultrapassam os R$ 700 mil.</p><p>O modus operandi utilizado pelo grupo criminoso consistia em realizar a combina&ccedil;&atilde;o e montagem de diversos processos de dispensa de licita&ccedil;&atilde;o, muito comuns durante a pandemia de COVID-19, a fim de justificar a contrata&ccedil;&atilde;o de empresas espec&iacute;ficas, beneficiando empres&aacute;rios e servidores p&uacute;blicos.</p><p>Se confirmadas as suspeitas, os investigados poder&atilde;o responder pelos crimes de fraude &agrave; licita&ccedil;&atilde;o, peculato, sonega&ccedil;&atilde;o fiscal, lavagem de capitais e associa&ccedil;&atilde;o criminosa, com penas que somadas podem chegar a 34 anos de pris&atilde;o.</p><p>A justificativa para o nome arrivismo se baseia na qualidade de uma pessoa arrivista, que faz tudo para obter sucesso, n&atilde;o se importando com as consequ&ecirc;ncias de seus atos. O nome foi escolhido devido ao fato de as fraudes ocorrerem durante o pico da pandemia da covid-19 no Brasil, o que gerou uma oportunidade para os criminosos.</p><p><span class="fr-img-caption fr-fic fr-dib fr-draggable" contenteditable="false" draggable="false"><span class="fr-img-wrap" style="width: 800px;"><img src="/images/editor/pf-rede_11e4243bb88b9123178b08b545e2a9791636a475.jpg" style="width: 800px;" class="fr-fil fr-dib"><span class="fr-inner" contenteditable="true">Est&atilde;o sendo cumpridos 20 mandados de busca e apreens&atilde;o</span></span></span></p>

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