PORTAL DOUGLAS CORDEIRO - O que seria necessário para, minimamente, fazer um trabalho razoável a quem planta e repassar as informações aos piauienses?
WERTON COSTA - Temos equipamentos em algumas dessas estações, inclusive são novas, mas funcionam de forma deficitária a exemplo da estação de Campo Maior. A de Castelo do Piauí está inoperante, assim como a de Picos e Floriano, funcionando precariamente. A estação de Parnaíba fica muito distante da área urbana capta valores bem menores do que o esperado e por isso a gente se vale dos dados do CEMADEN.
Então, é claro que precisa de um programa de manutenção dessas estações e aquelas que são manuais, muitos desses observadores estão se aposentando e os terceirizados não estão cobrindo mais. Então, a tendência é perdermos cada vez mais a cobertura de dados dessas estações. A única coisa que podemos fazer é clamar a sensibilidade dos nossos governantes, Senadores e Deputados, que pleiteiem junto ao Ministério da Agricultura, aporte de recursos para colocar essas estações em pleno funcionamento pelo relevante serviço à sociedade brasileira.
PORTAL DOUGLAS CORDEIRO - Então, é mobilizar em busca de recursos financeiros?
WERTON COSTA - Exatamente. A palavra é parceria. Hoje o Governo do Estado e os municípios devem buscar esta parceria. Às vezes o grande problema não é a estação em si, mas quem vai abrigar esta estação. Porque ela precisa estar dentro de um espaço obedecendo regras técnicas. Para se ter uma ideia, a estação de São João do Piauí foi afetada por uma queimada descontrolada.
Então, temos necessidade de investimentos, que é a recuperação das estações já funcionando, a instalação de novas estações sobretudo na faixa dos Cerrados que tem cobertura muito precária. Não são tantos recursos assim, porque a vida útil dessas estações é relativamente longa. Já as estações manuais não têm profissionais que zelem. Então há de se pensar na manutenção desses locais.