FIEPI divulga Sondagem Industrial realizada em outubro
O volume de produção das empresas em relação ao mês anterior apresentou uma estabilidade de 36,5%, embora tenha apresentado uma leve queda
A pesquisa Sondagem Industrial realizada pela Federação das Indústrias do Estado do Piauí (FIEPI) em parceria com a Confederação Nacional da Indústria (CNI) no mês de outubro com dados referentes ao mês de setembro indica estabilidade na recuperação das atividades industriais.
Para o presidente da FIEPI, Zé Filho, os números refletem a personalidade do industrial piauiense, que é muito persistente e trabalha forte para contribuir com a economia e com o desenvolvimento do Piauí.
“A retomada foi iniciada, mas há um longo caminho pela frente. Vamos seguir trabalhando e investindo”, pontuou.
O diretor de Assuntos Econômicos da FIEPI, Freitas Neto, comenta que considerando a expectativa para os próximos 6 meses a intenção de investimentos ainda está um pouco acanhada. Da amostra de indústrias pesquisadas apenas 36,5% responderam “sim, provavelmente”.
“Porém, este percentual está muito próximo ao da região Nordeste (37,9%) e do Brasil (43,1%)”, relata.
O volume de produção das empresas em relação ao mês anterior apresentou uma estabilidade de 36,5%, embora tenha apresentado uma leve queda se comparado ao mês anterior, agosto, que foi de 43,3%, ficando muito próxima da região Nordeste que foi de 41,3%.
O nível de utilização da capacidade instalada em relação ao usual (UCI) neste mês de setembro foi 49,2% igual ao usual, índice muito próximo ao Nordeste (51,3% igual ao usual) e superior ao mês de agosto que foi de 34,3%, o que significa que as indústrias voltaram a produzir.
A evolução do número de empregados, indicador que reflete a retomada da economia, ainda não está no nível desejado. A perspectiva de aumento local foi de 12,7% (Nordeste 20,3% e Brasil 26,4%). Quanto ao critério estabilidade, o Piauí, em setembro, apresentou índice de 66,7%, contra 65,9% no Nordeste e 63,5% no Brasil.
O estoque de produtos finais em relação ao planejado/desejado apresentou índice de 34,9% iguais ao planejado, já voltando aos índices dos meses de agosto e setembro de 2019, antes da pandemia, que foram de 36,6% e 42,6% respectivamente. Considerando que em torno de 30% das indústrias pesquisadas não operam com estoques de produtos este índice mostra uma reação positiva do setor. No nordeste este índice foi de 42,3% em setembro.
Expectativa para os próximos 6 meses
As perspectivas para os próximos 6 meses também demostram o otimismo do setor. Embora no caso do Piauí, o indicador de expectativa de aumento no número de empregados (14,3%) ainda esteja em níveis mais baixos que o Nordeste (20,3%) e o Brasil (24,2%), no critério “estabilidade” o percentual do Estado é de 77,8% de estabilidade, o que significa que a perspectiva é de que não haja mais demissões no período. A demanda por produtos prevê aumento de 55,6% (índice superior ao da região Nordeste, que é de 44,4%) e a compra de matéria prima também prevê aumento de 47,6%, índice também superior a expectativa do Nordeste, que foi de 39,5% no mesmo período.
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