Mãe tem dinheiro do tratamento do filho deficiente roubado por criminosos em Teresina

Uma armadilha meticulosamente planejada resultou no furto de R$ 2.690 de uma mãe que havia sacado um empréstimo para o tratamento médico do filho com deficiência. O crime, registrado por câmeras de segurança em 24 de abril, ocorreu no bairro Dirceu, na Zona Sudeste de Teresina, e está sendo investigado pela Polícia Civil do Piauí.

A vítima foi monitorada desde o momento em que realizou o saque em um caixa eletrônico localizado em uma farmácia na Avenida Joaquim Nelson. As criminosas executaram um plano calculado: uma delas simulou a queda de um cartão próximo à vítima para iniciar contato, enquanto a outra aguardava estrategicamente na entrada do estabelecimento.

"A mulher havia conseguido esse valor através de um empréstimo feito no benefício do filho com deficiência. Durante o trajeto após o saque, uma das criminosas aproximou-se alegando que o cartão da vítima havia caído, agradeceu e continuou seguindo-a", revelou a delegada Amanda Bezerra, da 8ª Delegacia Seccional de Teresina, responsável pelo caso.

As imagens de segurança captaram o momento em que a vítima deixa a farmácia e é perseguida por uma das criminosas até o ginásio Edmilson Jorge, onde o crime foi consumado. Além do dinheiro destinado ao tratamento médico, a bolsa contendo um celular e outros pertences pessoais também foi levada.

A investigação policial avança com a análise das filmagens que registraram toda a ação criminosa. 

"Estamos trabalhando intensamente para identificar e localizar as duas mulheres envolvidas neste furto", afirmou a delegada Bezerra.

O inquérito policial já foi instaurado e as autoridades solicitam que qualquer informação sobre as suspeitas seja comunicada às autoridades competentes, garantindo o sigilo da identidade dos informantes.

O caso ganhou contornos ainda mais dramáticos devido à finalidade do dinheiro furtado. A quantia seria integralmente utilizada para custear tratamentos médicos essenciais para o filho da vítima, que possui necessidades especiais.

A delegada Amanda Bezerra destacou a gravidade do crime não apenas pelo valor material subtraído, mas principalmente pelo impacto na vida de uma família já vulnerável pela condição de saúde da criança.

As investigações continuam com prioridade, e a polícia trabalha com a hipótese de que as criminosas possam ter cometido outros delitos semelhantes na região, utilizando a mesma abordagem para enganar as vítimas.

Dinheiro seria usado para o tratamento do filho / FOTO: Divulgação - Polícia Civil