Fachin fica, vale a delação da JBS e Gilmar não cantou de galo
Ministro Luís Roberto Barroso surgiu como uma espécie de freio ao comportamento arrogante a autoritário de Gilmar Mendes
O último julgamento do Supremo Tribunal Federal foi importante sob vários aspectos. Primeiro, garantiu que o instituto da colaboração premiada continue intacto e servindo de instrumento indispensável no combate a crimes cometidos por grandes organizações criminosas e depois porque manteve o ministro Edson Fachin como relator dos processos envolvendo a empresas JBS.
Mas em meio a toda essa discussão, surgiu uma voz capaz de restabelecer a ordem e resgatar o prestígio e o respeito da Suprema Corte. Luís Roberto Barroso surgiu como uma espécie de freio ao comportamento arrogante a autoritário de Gilmar Mendes.
Esqueça equilíbrio, capacidade de diálogo e observância as leis. Nem de longe, muito longe, Gilmar Mendes atende essas condições indispensáveis a um juiz, principalmente da mais alta corte da justiça brasileira.
Ele joga a modéstia às favas e para tentar intimidar Sérgio Moro e os Procuradores da Lava Jato, diz que os membros do STF são “supremos”. Uma posição que não é compartilhada pelos eminentes ministros. Por último, o Brasil testemunhou o estilo agressivo de Gilmar Mendes, contra o ministro Herman Benjamim, no julgamento da chapa Dilma-Temer. Gilmar chegou a dizer que o ministro-relator tinha conseguido notoriedade por sua causa. Aliás, ninguém melhor do que ele para falar de vaidade, um pecado capital que ele conhece tão bem.
Ninguém espera que o Supremo Tribunal viva um eterno consenso. Aliás, esperamos que prevaleça o debate, a discussão, o contraditório e principalmente o respeito as normas constitucionais. Mas que tudo ocorra com civilidade, sem sobressaltos ou imposição de decisões através do grito ou da força. É assim que funciona desde a relação a entre as pessoas até mesmo na Corte Suprema.
A garantia da ordem constitucional não será mantida pelo “SUPREMO” de Gilmar. Esse é sinônimo de superioridade, que exige respeito mas não se faz respeitar. Não dignifica o judiciário brasileiro que cumpre e sempre cumpriu um papel fundamental na manutenção dos direitos da população e que em tempos de crise, como agora, é responsável por manter o país nos trilhos da democracia.
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