ARQUIVO 1

Fachin fica, vale a delação da JBS e Gilmar não cantou de galo

Ministro Luís Roberto Barroso surgiu como uma espécie de freio ao comportamento arrogante a autoritário de Gilmar Mendes

24 de junho de 2017, às 01:01 | Douglas Cordeiro

O último julgamento do Supremo Tribunal Federal foi importante sob vários aspectos. Primeiro, garantiu que o instituto da colaboração premiada continue intacto e servindo de instrumento indispensável no combate a crimes cometidos por grandes organizações criminosas e depois porque manteve o ministro Edson Fachin como relator dos processos envolvendo a empresas JBS.

Mas em meio a toda essa discussão, surgiu uma voz capaz de restabelecer a ordem e resgatar o prestígio e o respeito da Suprema Corte. Luís Roberto Barroso surgiu como uma espécie de freio ao comportamento arrogante a autoritário de Gilmar Mendes.

Ministro Luís Roberto Barroso

Esqueça equilíbrio, capacidade de diálogo e observância as leis. Nem de longe, muito longe, Gilmar Mendes atende essas condições indispensáveis a um juiz, principalmente da mais alta corte da justiça brasileira.

Ele joga a modéstia às favas e para tentar intimidar Sérgio Moro e os Procuradores da Lava Jato, diz que os membros do STF são “supremos”. Uma posição que não é compartilhada pelos eminentes ministros. Por último, o Brasil testemunhou o estilo agressivo de Gilmar Mendes, contra o ministro Herman Benjamim, no julgamento da chapa Dilma-Temer. Gilmar chegou a dizer que o ministro-relator tinha conseguido notoriedade por sua causa. Aliás, ninguém melhor do que ele para falar de vaidade, um pecado capital que ele conhece tão bem.

Ministro Gilmar Mendes

Ninguém espera que o Supremo Tribunal viva um eterno consenso. Aliás, esperamos que prevaleça o debate, a discussão, o contraditório e principalmente o respeito as normas constitucionais. Mas que tudo ocorra com civilidade, sem sobressaltos ou imposição de decisões através do grito ou da força. É assim que funciona desde a relação a entre as pessoas até mesmo na Corte Suprema.

A garantia da ordem constitucional não será mantida pelo “SUPREMO” de Gilmar. Esse é sinônimo de superioridade, que exige respeito mas não se faz respeitar. Não dignifica o judiciário brasileiro que cumpre e sempre cumpriu um papel fundamental na manutenção dos direitos da população e que em tempos de crise, como agora, é responsável por manter o país nos trilhos da democracia.


REDES SOCIAIS

NOTÍCIAS MAIS LIDAS

VÍDEOS MAIS VISTOS