Polícia pede derrubada de redes sociais de influencer acusada de ligação com facção no PI

A Polícia Civil do Piauí solicitou à Justiça a remoção imediata dos perfis nas redes sociais da influenciadora Ana Azevedo, detida durante a Operação Draco 210: Faixa Rosa. A ação policial desmantelou um núcleo feminino da organização criminosa Bonde dos 40, que expandia suas atividades por diversas áreas da capital piauiense.

Investigações conduzidas pelo Departamento de Repressão às Ações Criminosas Organizadas (DRACO) descobriram um grupo no WhatsApp intitulado "A LUTA NÃO PARA", onde foram identificadas as participantes e seus respectivos cadastros dentro da estrutura da facção criminosa.

No documento apresentado às autoridades judiciais, os investigadores demonstraram como as suspeitas, exclusivamente mulheres, utilizavam suas plataformas digitais para disseminar conteúdo exaltando a facção, configurando clara apologia ao crime. As postagens glorificavam o Bonde dos 40, exibiam armamentos e projetavam uma imagem de poder e influência.

Para os agentes do DRACO, é fundamental banir as contas digitais vinculadas à influenciadora e às demais envolvidas na operação para interromper a propagação de material criminoso, preservar a ordem pública e cessar a divulgação das atividades da organização.

MINISTÉRIO PÚBLICO APRESENTA ACUSAÇÕES FORMAIS CONTRA A INFLUENCIADORA

Em desdobramento paralelo, o Ministério Público do Piauí formalizou denúncia contra Ana Azevedo e seu companheiro, Victor Rangel Lopes da Silva, na última quinta-feira (1505). Os promotores acusam o casal de posse irregular de armamento, acessório ou munição de uso permitido, crime previsto no artigo 12 da Lei 10.826/2003, além de receptação, tipificado no artigo 180 do Código Penal.

A operação que resultou nas prisões expôs como facções criminosas têm recrutado mulheres para expandir suas atividades, utilizando estrategicamente a presença digital para normalizar e promover práticas criminosas entre jovens seguidores.

Ana Azevedo / FOTO: Reprodução InstagramO OUTRO LADO

A produção do Portal Arquivo 1 não conseguiu contao com a defesa de Ana Azevedo, mas o espaço está aberto para manifestação.

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