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Ex-aluno de universidade piauiense é acusado de tráfico de órgãos

Segundo as investigações, um professor, de iniciais H. B. P., é suspeito de enviar órgãos humanos plastinados para Cingapura

23 de fevereiro de 2022, às 10:00 | Editoria de Polícia

A Polícia Federal deflagrou ontem a "Operação Plastina", para investigar fatos relacionados a possível prática do crime de tráfico internacional de órgãos humanos.

A ação cumpriu 2 mandados de busca e apreensão, expedidos pela 4ª Vara Federal Criminal da SJAM, sendo um na residência do investigado e outro no Laboratório de Anatomia de uma Universidade do Estado do Amazonas. Também foi cumprido um mandado de afastamento de função pública.

Segundo as investigações, um professor, de iniciais H. B. P., que fez mestrado na Universidade Federal do Piauí, é suspeito de enviar órgãos humanos plastinados para Cingapura. A plastinação é um procedimento técnico e moderno de preservação de matéria biológica. Ele consiste basicamente em extrair os líquidos corporais (água e soluções fixadoras) e os lipídios, através de métodos químicos, substituindo-os por resinas plásticas, como silicone, poliéster e epóxi, resultando em tecidos secos, inodoros e duráveis.

Há indícios de que foi postada uma encomenda, contendo uma mão e três placentas de origem humanas, de Manaus para Cingapura, cujo destinatário é um famoso designer indonésio que vende acessórios e peças de roupas utilizando materiais de origem humana.

Se condenado, o investigado poderá responder, na medida de sua responsabilidade, pelo crime de tráfico internacional de órgãos humanos, com pena de até 8 anos de reclusão.

O nome da operação é uma alusão ao procedimento utilizado pelo investigado para conservar os órgãos traficados.

"Operação Plastina" / FOTO: Polícia Federal


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