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Caso Izadora Mourão: Os pontos que devem ser usados no recurso do MP-PI

O Portal Douglas Cordeiro fez uma retrospectiva dos principais fatos envolvendo o assassinato

21 de março de 2022, às 12:00 | Editoria de Polícia

O Jornalista João Paulo Mourão foi absolvido da acusação de ter assassinado a própria irmã, Izadora Mourão, a facadas no dia 13 de fevereiro de 2021, em Pedro II. O Júri decidiu por quatro votos contra três para absolvição do réu.

Dona Maria Nerci, mãe de Izadora, foi condenada a 19 anos e meio de prisão, por homicídio triplamente qualificado, e possivelmente deverá cumprir em prisão domiciliar, como já está há quase um ano.

A sessão começou por volta das 07h00 da manhã e finalizou apenas às 23h15min, após depoimento das testemunhas e advogados de acusação e defesa. O julgamento ocorreu na 2ª Vara Criminal de Pedro II, em sessão presidida pelo juiz Diego Ricardo Melo de Almeida.

Mas o Ministério Público vai recorrer da decisão e solicitar que mão da advogada cumpra a pena em regime fechado e que o irmão seja condenado pelo crime.

O Portal Douglas Cordeiro fez uma retrospectiva dos principais fatos envolvendo o assassinato.

A MORTE

A advogada de Pedro II, Dra. Izadora Mourão, 41 anos, foi encontrada morta a facadas na manhã do dia 13 de fevereiro, dentro da própria casa, na Rua Monsenhor Uchoa, em Pedro II. 

Segundo um familiar da vítima, uma mulher, ainda não identificada, teria chegado durante esta manhã para conversar com a advogada. A vítima, disse que estava indisposta, e poderia atender no quarto, logo em seguida, a suspeita saiu da residência dizendo que já tinha resolvido o problema com a advogada. Apenas minutos depois, Izadora Mourão foi encontrada morta por um familiar, com uma facada no pescoço.

Dra. Izadora Santos Mourão, era advogada com especialização em Direito Previdenciário e Direito Processual do Trabalho, Assistente Social com especialização em Gerontologia Social, professora de Português, Literatura e Redação com especialização em Gestão de Recursos Humanos e era muito conhecida em Pedro II e região.

Izadora Mourão

OAB ENTRA NO CASO

Vários representantes da OAB-PI foram até a cidade de Pedro II, acompanhar o caso da advogada Izadora Santos Mourão. Eles estão estiveram com à família, prestaram solidariedade e cobraram agilidade na apuração do caso.

O presidente Celso Barros Coelho Neto, conversou com o Comandante da Polícia Militar, Capitão Edson e solicitou informações sobre o crime.

Comissão da OAB

DHPP COMEÇA A INVESTIGAR

Segundo o coordenador do DHPP, delegado Francisco Costa (Baretta), o departamento assumiu a investigação após determinação do secretário de segurança, Rubens Pereira. 

Os policiais estiveram na casa da vítima e realizaram novos procedimentos investigativos.

IRMÃO DA ADVOGADA É PRESO

O jornalista e bacharel em direito, João Paulo Santos, de 35 anos, foi preso no dia 15 de fevereiro, em Pedro II, acusado de ter assassinado a própria irmã. 

João Paulo foi preso após a perícia apontar a participação dele na cena do crime. Uma faca com vestígio de sangue também foi encontrada dentro da casa de um tia. O crime pode ter sido motivado por causa de herança.

O irmão da vítima havia contado uma versão que uma terceira pessoa teria praticado o assassinato, mas a perícia não encontrou vestígios dessa mulher na cena de crime.

Prisão de João Paulo

JOÃO PAULO É OUVIDO NO DHPP

Na noite do dia 15 de fevereiro, João Paulo Araújo, de 35 anos, foi até à sede do Departamento de Homicídio e Proteção à Pessoa, 

O preso foi ouvido e depois levado ao Instituto Médico Legal para exame de corpo de delito.

João Paulo no DHPP / FOTO: Portal GP1

LOCAL DO CRIME FOI LAVADO

Segundo o delegado Baretta, na manhã seguinte ao crime, a mãe não tomou nenhuma providência, ligou apenas para uma faxineira para que confirmasse que ao chegar na residência encontrou João Paulo dormindo.

O delegado revelou que após o assassinato, João Paulo, a mãe e a faxineira, lavaram o quarto para não deixar vestígios do crime. Mesmo assim, os peritos encontraram vestígios de sangue no quarto.

Ainda segundo Barêtta, duas facas foram utilizadas para a realização do crime. Sobre a motivação do crime, o delegado disse que os dois tinham desavenças mas não detalhou o assunto.

Baretta também disse que existe um bilhete que será analisado mas revelou o teor.

Delegado Baretta / FOTO: Portal GP1

BILHETE COM MENSAGENS DE JOÃO PAULO

O acusado escreveu a mensagem em uma folha de caderno com várias advertências direcionadas a advogada.

Bilhete do irmão / FOTO: Portal GP1

DIARISTA REVELA O QUE VIU NA CASA

Ela disse que a mãe aparentava tranquilidade e contou a versão de que uma mulher esteve na casa, procurando a advogada, entrou para conversar com Izadora Mourão e cometeu o crime.

A diarista contou que o irmão da vítima, estava deitado, quando ela chegou na casa.

MÃE DA ADVOGADA NÃO ESTEVE NA MISSA DE 7º DIA

A cerimônia foi realizada na Igreja Matriz de Nossa Senhora da Conceição, em Pedro II. O Padre Oscar presidiu a celebração.

Estiveram presentes alguns familiares (tias e primos), além de advogados de Pedro II, Piripiri e Teresina.

Dona Nerci, mãe da vítima, e os filhos não participaram da celebração.

Missa de 7º dia

JUSTIÇA QUEBRA SIGILO TELEFÔNICO DE JOÃO PAULO

A polícia fez a solicitação alegando que a medida seria necessária para a elucidação do assassinato da advogada. Os investigadores vão ter acesso aos diálogos do acusado e registro das ligações. Todas as informações foram incluídas no inquérito policial.

MÃE É INDICIADA PELA MORTE DA FILHA

Segundo a polícia, a mãe de Izadora, ainda cometeu os crimes de coação a testemunha no curso do processo e fraude processual. O delegado afirmou que ela é coautora e estava na cena do crime. 

Barêtta afirma que todas as provas constam no inquérito policial. 

HERANÇA TERIA SIDO A MOTIVAÇÃO DO CRIME

O noivo da vítima, que prestou depoimento ao DHPP (Departamento de Homicídio e Proteção à Pessoa), revelou que a motivação do crime teria sido a disputa por uma herança de R$ 4 milhões deixada pelo pai de Izadora.

MINISTÉRIO PÚBLICO DENUNCIA MÃE E IRMÃO

Maria Nerci dos Santos Mourão e o irmão dela, João Paulo Santos Mourão, foram denunciados por homicídio triplamente qualificado praticado contra a advogada.

PEDIDA PRISÃO DOMICILIAR DA MÃE

O pedido já havia sido feito pelo DHPP (Departamento de Homicídio e Proteção à Pessoa) no fim do inquérito e foi confirmado sob a alegação de garantir a ordem pública e a devida instrução do processo legal.

PRISÃO DOMICILIAR DA MÃE DECRETADA PELO JUIZ

Maria Nerci dos Santos Mourão teve a prisão domiciliar decretada pelo juiz Diego Ricardo Melo de Almeida, da 2ª Vara da Comarca de Pedro II.

MÃE CONFIRMA QUE MATOU A FILHA SOZINHA

A advogada de defesa Dra. Esmaela Macêdo, confirmou os rumores em que Dona Maria Nerci teria assumido durante a audiência de instrução, a autoria do crime contra a advogada Izadora Mourão.

JOÃO PAULO PEDE PRISÃO DOMICILIAR

No dia 4 de novembro, a defesa do jornalista João Paulo, requereu a concessão de prisão domiciliar, alegando que sua mãe, Maria Nerci do Santos Mourão, presa preventivamente (prisão domiciliar), estava com problemas de saúde, internada, e que, seu outro irmão, não tinha nenhum parente que possa prestar assistência.

O JULGAMENTO

O Jornalista João Paulo Mourão foi absolvido da acusação de ter assassinado a própria irmã, Izadora Mourão, a facadas no dia 13 de fevereiro de 2021, em Pedro II. O Júri decidiu por quatro votos contra três para absolvição do réu.

Dona Maria Nerci, mãe de Izadora, foi condenada a 19 anos e meio de prisão, por homicídio triplamente qualificado, e possivelmente deverá cumprir em prisão domiciliar, como já está há quase um ano.

PROMOTOR VAI RECORRER DA DECISÃO

O Promotor de Justiça, Márcio Carcará, ingressou com recurso de apelação contra a absolvição de João Paulo e pedindo a prisão de Maria Nerci.

A mãe da advogada assassinada Izadora Mourão, teve a prisão domiciliar mantida após julgamento nesta quarta-feira (16/03), pelo juiz Diego Ricardo Melo de Almeida, no julgamento que ocorreu em Pedro II.

O representante do Ministério Púbico requereu que a pena da mãe da advogada seja cumprida em regime fechado.

Outra solicitação do promotor foi que João Paulo, irmão de Izadora Mourão, seja condenado pelo crime.

VEJA A ENTREVISTA DO CORDENADOR DO DHPP, DELEGADO BARETTA, FAZENDO UM BALANÇO DO CASO


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