Polícia revela detalhes da morte da cabeleireira piauiense em São Paulo
O principal suspeito do crime é o companheiro da vítima, o mexicano Daniel Ospina Garcia, que usava um nome falso
A Polícia Civil de São Paulo investiga o assassinato da cabeleireira Sandra Maria de Sousa Silva, 34, encontrada morta na cama do apartamento onde morava, na região da Sé, Centro de São Paulo, no domingo (24/07). Ao lado do corpo estava a filha da vítima, de 8 meses, no berço. Ela foi resgatada com sinais de desidratação e desnutrição.
Especialista em aplicação de mega hair, Sandra Maria de Sousa Silva trabalhava em um salão de beleza no Centro de São Paulo, região em que morava com a filha, em um apartamento na Rua Tabatinguera, na Sé. A filha dela é fruto de um relacionamento anterior.
De acordo com a Polícia Militar, Sandra foi encontrada morta, em cima da cama, com marcas de agressão, sangue na região do nariz e da cabeça e duas perfurações. A suspeita da equipe de investigação é que o crime foi cometido com algum tipo de arma branca, como uma faca.
Desde a última sexta-feira (22/07), amigos e parentes de Sandra não conseguiam contato com ela. Eles disseram que ligavam, e ninguém atendia. Sem retorno, no domingo (24/07), uma amiga levou um chaveiro até o apartamento de Sandra para conseguir entrar no local, e a encontrou morta.
O principal suspeito do crime é o companheiro de Sandra, identificado inicialmente pela polícia como Davi Rodrigues, 30 anos. No entanto, a polícia descobriu que ele usava nome falso e que o verdadeiro nome dele é Daniel Ospina Garcia, um mexicano.
Sandra e Daniel começaram a se relacionar há cerca de dois meses. Neste período, segundo a investigação, ela relatou agressões à irmã, à mãe e a uma amiga. Ele foi visto pela última vez na sexta-feira (22), saindo do prédio de Sandra com bolsas na mão.
Garcia ainda é considerado desaparecido, pois a Justiça ainda não decretou a prisão dele. De acordo com a Polícia Civil, ele já foi preso quatro vezes por furto e tráfico de drogas e enfrenta um processo de expulsão do Brasil na Justiça Federal, que investiga se ele deixou o país.
A filha da vítima, de 8 meses, estava dentro do berço, com sinais de desidratação e desnutrição. Ela ficou dois dias sozinha ao lado do corpo da mãe.
A criança tinha hematomas e marcas no corpo, que os policiais acreditam ter surgido por tentativas da bebê de deixar o berço. Ela foi socorrida na Santa Casa de Misericórdia, também na região central de São Paulo, e já teve alta.
O pai da bebê, ex-companheiro de Sandra, manifestou interesse na guarda da filha, assim como os familiares da cabeleireira. A Justiça decidirá com quem ficará a criança, que é acompanhada pelo Conselho Tutelar.
A polícia está ouvindo depoimentos que possam ajudar na elucidação do caso, como do ex-companheiro de Sandra e de um funcionário do prédio em que ela morava.
Policiais também têm endereços anteriores onde Daniel, o principal suspeito, já morou e está fazendo diligências. A perícia foi chamada para o local do crime, onde encontrou um celular.
A Secretaria de Segurança Pública informou também que imagens de monitoramento foram requisitadas para identificar momentos antes e depois do crime. O caso foi registrado como feminicídio e violência doméstica na 1ª Delegacia Da Mulher (Centro).
O corpo de Sandra Maria foi sepultado hoje (26/07), em Nazaré do Piauí, com o caixão lacrado por conta do avançado estado de decomposição.
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