ARQUIVO 1

Deputados vão gastar R$ 5,7 bilhões na eleição; veja o voto dos piauienses

O senador Alessandro Vieira (CIDADANIA-SE) se disse “indignado”. Para ele, não é momento de reverter tal quantia para campanhas

18 de dezembro de 2021, às 12:00 | Agência Brasil

O Congresso Nacional derrubou hoje (17/12) um veto presidencial e, com isso, ampliou o valor do Fundo Eleitoral de R$ 2 bilhões para mais de R$ 5,7 bilhões. Em agosto, o presidente da República havia vetado essa ampliação quando sancionou a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) de 2022. O trecho, antes vetado e agora derrubado, agora segue para promulgação.

O veto foi primeiro analisado na Câmara e os deputados o derrubaram por um placar de 317 votos a 143. No Senado, foram 53 votos pela derrubada do veto e 21 por sua manutenção. No Senado, assim como na Câmara, o assunto foi alvo de debates.

Para o senador Telmário Mota (PROS-RR), ser a favor do veto, e contra os R$ 5,7 bilhões para as campanhas, é adotar um “discurso fácil e demagógico”. Ele defendeu a derrubada do veto para, segundo ele, trazer igualdade de condições aos candidatos e fortalecer a democracia.

“Como um líder comunitário vai conseguir disputar uma eleição com um grande empresário ou um descendente de uma oligarquia? O sistema de financiamento privado [de campanha] quase comprometeu a democracia brasileira. Escolheu-se o financiamento público. É preciso o financiamento ser igualitário para todos”, afirmou.

Já o senador Alessandro Vieira (CIDADANIA-SE) se disse “indignado” com tal quantia para o Fundo Eleitoral. Para ele, não é momento do país reverter tal quantia para campanhas políticas. 

O Fundo Especial de Financiamento de Campanha, ou apenas Fundo Eleitoral, foi criado em 2017. Sua criação se seguiu à proibição do financiamento privado de campanhas. Em 2015, o Supremo Tribunal Federal (STF) proibiu doações de empresas a campanhas políticas, sob alegações de haver desequilíbrio na disputa política e exercício abusivo do poder econômico.

Sem a verba privada para custear campanhas eleitorais, foi criado o Fundo Eleitoral. Ele é composto de dotações orçamentárias da União, repassadas ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) em até o início do mês de junho, apenas em anos eleitorais. Em 2018, por exemplo, foi repassado aos partidos pouco mais de R$ 1,7 bilhão do Fundo Eleitoral para financiamento de campanhas.

O voto "NÃO" é para o fundo de R$ 5,7 bilhões e o voto "SIM" é contra.

COMO VOTARAM OS PARLAMENTARES PIAUIENSES

  • ÁTILA LIRA (PROGRESSISTAS) - Votou NÃO
  • FÁBIO ABREU (PL) - Votou NÃO
  • FLÁVIO NOGUEIRA (PDT-PI) - Votou SIM
  • IRACEMA PORTELLA (PROGRESSISTAS) - Votou NÃO
  • JÚLIO CÉSAR (PSD) - Votou NÃO
  • MARCOS AURÉLIO (MDB) - Votou NÃO
  • MARGARETE COELHO (PROGRESSISTAS) - Votou NÃO
  • MARINA SANTOS (PL-PI) - Votou NÃO
  • MERLONG SOLANO - Votou NÃO
  • REJANE DIAS (PT) - Votou NÃO

Na Câmara fora 317 votos a 143 / FOTO: Migalhas


REDES SOCIAIS

VÍDEOS MAIS VISTOS