O que começou como ambiente para amizades e exposição do cotidiano, hoje revela um lado sombrio das redes sociais em Teresina: perfis de destaque, principalmente femininos, transformaram o Instagram em palco para ostentar armas, esbanjar dinheiro e impulsionar jogos de azar sem autorização. Já são pelo menos seis mulheres presas por supostamente colaborarem com práticas ilícitas e fazerem apologia ao crime sob os olhos atentos de milhares de seguidores.
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A repressão policial ganhou destaque depois da prisão da blogueira Ana Azevedo — apelidada de “coreana” —, apontada como participante de uma facção criminosa. Segundo dados oficiais, sua detenção não foi um caso isolado, mas sim parte de uma operação intensificada pela Secretaria de Segurança Pública para coibir o crime organizado em ambientes digitais.
O cenário já apresentava sinais claros de alarme no fim de 2024, com a detenção de quatro influenciadoras em uma ofensiva que mirou a promoção do chamado “Jogo do Tigrinho”. As redes sociais foram usadas como ferramenta para levar centenas de seguidores a apostas online ilícitas. As promessas de prêmios altos se dissiparam quando internautas descobriram os golpes: o dinheiro investido jamais foi devolvido — nem mesmo os prêmios chegaram aos apostadores.