A eleição no Piauí este ano é como promoção, compre uma e leve duas
O ex-senador João Vicente Claudino, o prefeito Firmino Filho e o senador Ciro Nogueira vivem um xadrez político em que cada peça mexida tem consequência de quatro anos
Indiscutivelmente esta é uma eleição diferente. As regras, por exemplo, têm proporcionado episódios, no mínimo, estranhos quando comparados com pleitos anteriores.
Antes, todos os partidos disputavam a tapas os candidatos a vereador, os conhecidos “puxadores de votos”, este ano, fogem dos mais votados feito o diabo da cruz. Diversos parlamentares que ficaram nas primeiras posições em 2016 estão vivendo uma verdadeira “via crucis” em busca de legendas para concorrerem à reeleição. Os parlamentares que insistem em ficar, estão invariavelmente, por motivos questionáveis, na mira dos conselhos de ética dos partidos convidados, “educadamente” a sair.
Obviamente, essa legislação esdrúxula, transforma os candidatos em verdadeiras cobaias eleitorais que vão ser usados para saber se o modelo vai ou não ser utilizado em 2022.
Trazendo para nossa realidade, especificamente Teresina, além das regras questionáveis, a eleição está parecida com a tradicional promoção de supermercado onde o cliente compra um produto e leva dois. Este ano, votaremos para prefeito e vereador mas 2022 está presente em todas as falas, atos e fatos.
Nesse contexto, o ex-senador João Vicente Claudino, o prefeito Firmino Filho e o senador Ciro Nogueira vivem um xadrez político em que cada peça mexida tem consequência de quatro anos.
JVC, está reestruturando o PTB em todo o Piauí e já declarou que vai marchar ao lado de Wellington Dias mas que agora, nada está definido, mas ninguém tem dúvida que a capital piauiense é a prioridade mas o outro olho está em 2022.
Firmino, que não é candidato à reeleição, tem sido até agora o principal nome do PSDB. Presença constante na mídia, o prefeito acusa, defende, discute nomes, compara gestões e vai ocupando todo o espaço que pode fortalecendo sua imagem para o seu o próximo desafio que é a eleição estadual.
Ciro, tem fortalecido sua relação com os prefeitos, aumentado o PROGRESSISTAS e vai tirar licença do Senado Federal para percorrer o Piauí para sair com pelo menos 100 cidades na conta do partido.
Além disso, ainda tem o “day after”, o dia seguinte a eleição, que vai mostrar como ficará a base governista. Incrível, mas todos estarão interessados não no que aconteceu após a apuração mas o que os resultados vão projetar para o futuro.
PASSANDO A RÉGUA
PSL PARA PREFEITO
O Vereador Luiz André, Presidente Estadual do PSL, disse que o partido ainda não descartou a possibilidade de lançar candidato a Prefeito em Teresina. Quem não acreditou foi o Valter Rei das Motos, que pediu desfiliação e abandonou a história de pré-candidatura ao Palácio da Cidade. Para ele, a sigla marcha mesmo é com Firmino.
O OUTRO LADO
Já Luiz André minimizou a história e disse que faltou ao Valter Rei das Motos atingir o percentual mínimo exigido pela Executiva Nacional do PSL. Seriam pelo menos dois dígitos para ter alguma viabilidade na disputa.
PT PARA 2020
O PT vai dividir o Piauí em diversas áreas para as eleições deste ano. Cada um deles será comandado por uma equipe que coordenar a eleição em um grupo de municípios. A estratégia está definida mas os grupos ainda não foram formados.
IMPASSE CONTINUA
Ainda não foi decida a situação da família Monteiro em relação ao PT. O partido em Teresina já disse "não" e passou a bola para o diretório estadual. O deputado federal Assis Carvalho e o governador Wellington Dias ainda não se manifestaram sobre o caso.
REI DAS MOTOS SOLTA O VERBO
Valter disse que o PSL de Teresina estava querendo usá-lo como laranja e que o partido estava fazendo "conchavos" com outro pré-candidato. Ao descobrir decidiu deixar a sigla definitivamente.
FOTOJORNALISMO
FALA, PEDRO
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