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Wellington Dias e as difíceis decisões quando fevereiro chegar

O resultado das eleições, quem ganhou e quem perdeu, o comando do legislativo estadual, vitoriosos e derrotados, tudo vai ser levado em consideração na hora de definir quem ocupa o que

22 de janeiro de 2019, às 09:30 | EDITORIA DE POLÍTICA

Quando voltar da viagem à Israel, o governador Wellington Dias vai enfrentar alguns desafios que vão exigir muita habilidade política.

Primeiro, vai ter que acalmar os ânimos após a eleição da Assembleia Legislativa. Uma disputa sempre deixa sequelas. Nesse caso, os efeitos atingem não só aqueles que participaram da disputa, mas o chefe do executivo estadual. Afinal, o confronto pela presidência do parlamento é dentro da base. Interferir, escolhendo um candidato tem um preço e a neutralidade também. Para quem vence, a isenção terá sido a melhor postura e para quem perde, fica a cobrança do apoio que não veio.

Vamos pensar no “day after”. Como vai ficar o grupo político que não vencer a eleição? Qual o custo da derrota? Em política, a ocupação de espaços é um objetivo perseguido por todos, indistintamente. Então, haverá uma cobrança por uma espécie de compensação? Bom, aí entramos na segunda parte deste caminho a ser percorrido até tudo ficar pronto para o governo começar efetivamente.

A reforma administrativa vai ser concluída na próxima sexta-feira. Wellington, segundo a governadora em exercício Regina Sousa, fará algumas “mexidinhas” mas nada que vá mudar substancialmente o trabalho concluído. O passo seguinte será a aprovação na Assembleia para que a nova estrutura administrativa seja efetivada. Com um bolo menor, para contemplar todos, as fatias terão que ser menores. Até onde as forças políticas estão dispostas a ceder em nome dos “novos tempos” que exigem sacrifícios? Como contornar a “fome de poder” dos partidos e dos políticos que nunca acaba?

O resultado das eleições, quem ganhou e quem perdeu, o comando do legislativo estadual, vitoriosos e derrotados, tudo vai ser levado em consideração na hora de definir quem ocupa o que. Não podemos deixar de considerar o que está por vir. Claro, que tudo isso vai acontecer com todos de olhos bem abertos nas eleições de 2020 e 2022. Distantes, que nada, a bola da vez é sempre a próxima.

Governador Wellington Dias / Foto: GP1

DÁ PARA ACREDITAR

É inacreditável o impasse entre Dr. Pessoa e Teresa Brito pela ocupação de um gabinete na Assembleia Legislativa. O mandato só termina oficialmente com a posse dos novos parlamentares. Dr. Pessoa está no seu direito de ficar até o final. O presidente Themístocles teve que entrar como conciliador e chegar, junto com os dois, a um consenso. 

OPOSIÇÃO MAIS UNIDA QUE O PT

O impasse prossegue no Partido dos Trabalhadores e não existe a menor possibilidade de voto único. Francisco Costa e Francisco Limma não votam em Themístocles Filho de Flora Izabel não vota em Hélio Isaías. Já a oposição, que não se decidiu até agora, pelo menos oficialmente, vai votar em grupo.

PRAGMATISMO OU MAIS DO MESMO?

Deputado Rodrigo Maia presidente da Câmara dos Deputados e ao que tudo indica, senador Renan Calheiros será o presidente do Senado Federal. Tudo com apoio do PSL do presidente da República Jair Bolsonaro. fazer campanha é uma coisa e governar é outra completamente diferente. O Brasil não virou a Inglaterra da noite para o dia.

DEFENDENDO A "VELHA POLÍTICA"?

O presidente está sendo objetivo. Vai se arriscar no apoio a um nome novo, nas duas casas e amargar uma derrota? Os vencedores teriam capacidade de formar a maioria necessária para a aprovação de matérias importantes como a Reforma da Previdência? Na dúvida, é melhor não arriscar. Já tem gente de cara feia com essas escolhas. Mas é isso mesmo.

EFEITOS COLATERAIS

Bom, mas se de um lado essas escolhas garantem os votos necessários para várias matérias importantes do governo Bolsonaro, quando o assunto for a aprovação do pacote de medidas do ministro Sérgio Moro de combate a corrupção é bom não contar com essa capacidade de mobilização. Tudo tem um preço e nesse caso, custa caro.


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