Pesquisa feita em UTI mostra a importância da vacina contra a COVID-19

Os pesquisadores da FIOCRUZ (Fundação Oswaldo Cruz) monitoram as vagas de UTI (Unidade de Terapia Intensiva) e estudam o perfil dos pacientes internados com COVID-19.

A Rede DOR de hospitais é uma das participantes do estudo. Com 60 unidades hospitalares em 12 estados, tinha 200 internados em UTI em dezembro do ano passado e agora são 1.400 vagas ocupadas.

De acordo com Leandro Reis, vice-presidente médico da Rede DOR, a maioria das pessoas está com o ciclo vacinal incompleto, além de possuírem comorbidades e a idade mais avançada. Ele revela que os pacientes ficam envergonhados quando contam que não estão vacinados e confessam que estão arrependidos.

Em São Paulo, o Hospital Emílio Ribas, que pertence rede pública, está com 100% dos leitos para COVID-19 ocupados. As estatísticas mostram que a cada cinco pacientes internados, quatro não tomaram vacina ou estão com doses atrasadas.

Outro dado da pesquisa revela que nos últimos três meses, 85% dos pacientes que morreram em consequência da COVID-19, não estavam com a vacinação completa.

A variante Ômicron, age diferente em quem se vacinou e em quem não tomou a vacina.

Um estudo feito na cidade de Florianópolis, capital de Santa Catarina, mostrou que em 10 pacientes internados na UTI, oito não tomaram vacina. Os outros dois estão com esquema vacinal incompleto e têm comorbidades. Mas, segundo um médico, esses dois pacientes estão se recuperando bem.

A pesquisa deixa claro que a variante Ômicron tem comportamento diferente entre vacinados e não vacinados. A variante consegue driblar a defesa inicial porque o vírus tem muitas mutações. Quem não tomou vacina, pode ocasionar um quadro grave, parecido com as variantes anteriores, atingindo inclusive os pulmões. Para quem tomou a vacina, a inflamação pulmonar não ocorre e o paciente está protegido contra o agravamento da infecção.

Pesquisa mostra a importância da vacinação