Com a chegada do verão, dengue volta a ser uma grande ameça para todo o Brasil
Autoridades intensificam esforços de prevenção para minimizar o impacto da doença nas regiões mais vulnerávei
- sábado, 14 de dezembro de 2024
- DOUGLAS CORDEIRO
A prevenção contra a dengue é uma responsabilidade de todos, e um esforço coletivo agora pode resultar em menos casos no próximo verão. Essa foi a mensagem da Ministra da Saúde, Nísia Trindade, durante a mobilização do Dia D contra a Dengue, realizada no bairro do Caju, no Rio de Janeiro, neste sábado (14/12).
"Cerca de 75% dos criadouros estão dentro ou ao redor de nossas casas. Precisamos nos unir e conscientizar as comunidades sobre como se proteger da dengue", enfatizou a ministra agradecendo também aos profissionais do Sistema Único de Saúde (SUS) pelo seu compromisso diário no combate à doença.
Nísia Trindade explicou que, embora as previsões sobre a incidência da dengue no próximo verão ainda estejam sendo avaliadas, a ação preventiva é crucial.
"Com as altas temperaturas e chuvas, é provável que enfrentemos muitos casos de dengue. O esforço atual visa minimizar ao máximo esses números", disse ela.
Ela mencionou uma possível concentração maior de casos nas regiões Sudeste, Sul e Centro-Oeste, devido à falta de exposição prévia a certos sorotipos da dengue.
"Também estamos controlando a zika e chikungunya, transmitidas pelo mesmo mosquito", completou a ministra.
A ministra ressaltou a importância das administrações municipais manterem as medidas de prevenção, especialmente em um período de transição política após as eleições municipais de 2024.
"É vital que as prefeituras evitem o acúmulo de lixo e água parada", reforçou Nísia, destacando o aumento global da dengue devido às mudanças climáticas.
Além da prevenção, Nísia salientou a importância de procurar atendimento médico ao surgirem sintomas como febre, manchas vermelhas e dor atrás dos olhos.
"A dengue não deve ser fatal; com hidratação e cuidados adequados, evitamos complicações graves", alertou Nísia Trindade.
Em 2024, as regiões com maior incidência foram o Distrito Federal, Minas Gerais e Paraná, com São Paulo liderando em casos graves e óbitos, seguido por Minas Gerais.
Jovens entre 20 e 29 anos são os mais afetados, com 55% dos casos em mulheres. Idosos, bebês, grávidas e pessoas com condições de saúde preexistentes enfrentam riscos maiores de complicações.
Os sintomas típicos incluem febre alta, dor de cabeça e dores musculares, mas podem evoluir para vômitos, dor abdominal e sangramentos, sinalizando um quadro mais grave. A dengue pode causar hemorragias e extravasamento de plasma, portanto é crucial procurar atendimento médico rapidamente. Automedicação é desaconselhada, pois certos medicamentos podem aumentar o risco de sangramento.
Ministra alerta para o perigo da dengue / FOTO: Agência Brasil
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