Mãe revela luta diária pela recuperação do filho baleado pela ex em Teresina

Em um relato emocionante compartilhado nas redes sociais neste sábado (19/04), Cleytiana Campelo revelou detalhes sobre a batalha diária que seu filho João Lucas enfrenta. O adolescente de 17 anos, baleado pela ex-namorada dentro do Colégio CPI em Teresina, continua em estado grave, mas apresenta sinais de melhora que desafiam as expectativas médicas.

"O João está tendo uma evolução que naturalmente não seria possível", desabafou a mãe, que mantém a esperança mesmo diante de um diagnóstico considerado irreversível pelos médicos. 

Quatro meses após o ataque, o projétil permanece alojado na coluna do jovem, sem possibilidade de remoção devido à localização crítica.

O drama da família começou em 4 de dezembro de 2024, quando a ex-namorada de João Lucas, inconformada com o término do relacionamento, levou a arma do pai para a escola e disparou contra o adolescente, atingindo-o na boca. O projétil atravessou tecidos e se alojou em região sensível da coluna vertebral.

Cleytiana Campelo faz relato emcionante nas redes socias / FOTO: Assis Fernandes - Portal O DiaENTRE LÁGRIMAS E FÉ: O PROCESSO DOLOROSO DE RECUPERAÇÃO

Apesar do prognóstico desanimador, Cleytiana se agarra à fé e às pequenas vitórias diárias. 

"É um processo bem doloroso, lento. Tem dia que a gente amanhece sem fé. O diagnóstico, naturalmente falando, é um diagnóstico incurável. É grave. Mas eu continuo firme na fé. A cada dia vejo uma evolução, que por menor que seja, sei que é o agir de Deus", confessou a empresária, que tem recebido apoio constante de amigos, familiares e até desconhecidos através das redes sociais.

As igrejas locais têm se mobilizado em correntes de oração pelo jovem, criando uma rede de apoio espiritual que sustenta a família neste momento crítico. Este suporte tem sido fundamental para que Cleytiana mantenha a esperança mesmo nos dias mais difíceis.

JUSTIÇA EM ANDAMENTO: ADOLESCENTE INDICIADA POR TENTATIVA DE HOMICÍDIO QUALIFICADO

Enquanto João Lucas luta pela vida, o processo legal contra sua ex-namorada segue em curso. A adolescente de 17 anos, identificada apenas pelas iniciais L.M.G.L., foi contida por funcionários da escola logo após o ataque e encaminhada às autoridades.

Seis dias após o incidente, em 10 de dezembro, a Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente (DPCA) indiciou a jovem por ato infracional análogo a homicídio qualificado, com agravantes de uso de arma de fogo e motivo fútil – não aceitar o término do relacionamento.

O caso chocou a comunidade escolar e reacendeu debates sobre segurança nas instituições de ensino e acesso de menores a armas de fogo. A arma utilizada no crime pertencia ao pai da adolescente, o que levanta questões sobre a responsabilidade dos adultos na guarda adequada de armamentos.

Enquanto a justiça segue seu curso, a família Campelo concentra todas as energias na recuperação de João Lucas, transformando cada pequeno sinal de melhora em combustível para manter viva a esperança de dias melhores.

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