A sociedade evolui mas deixa um pé na Idade Média
O ser humano tem um desejo incontrolável de estar perto, ver e até mesmo tocar em algo que definitivamente em nada acrescenta
A sociedade evoluiu. Sim, a afirmação é óbvia, porém há aspectos inerentes ao ser humano que nos tornam mórbidos, tocados por cenas chocantes e ávidos por sangue. Exemplos são fartos nas redes sociais e na imprensa de um modo geral. Um acidente e já as imagens ganham o mundo. Quanto mais diferente e sangrento, mais likes e acessos premiam o espetáculo da violência.
É a tal curiosidade mórbida que a psicologia explica. Um desejo incontrolável de estar perto, ver e até mesmo tocar em algo que definitivamente em nada acrescenta a nós enquanto seres humanos racionais. Passamos por cima dos riscos de acidentes, infecções e até mesmo de chegar atrasado a um compromisso para clicar um corpo estendido ao chão.
Neste compasso da sociedade a mídia oferece um variado cardápio. Em ações mais edificantes pouco há interesse. Critica-se a falta de segurança, roubos e mortes. Escancara-se imagens de terror, mas tem dificuldade em mostrar ações positivas, como a de centenas de crianças em atividades que buscam afastá-las de riscos tão banalizados como as drogas, álcool e a violência.
É, a sociedade evoluiu, mas ainda tem um pé na Idade Média.
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