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Em silêncio Joaquim Barbosa pode mudar o cenário eleitoral

Para o consultor político Fabrício Moser, que esteve em Teresina ministrando palestra, Joaquim Barbosa (PSB) é a surpresa mostrada na pesquisa

24 de abril de 2018, às 12:56 | Wesslley Sales

Enquanto muitos se preocupam com uma campanha onde, dependendo do cenário com ou sem a presença de Lula, segundo a última pesquisa Datafolha, Jair Bolsonaro (PSL), Marina Silva (REDE). Geraldo Alckmin (PSDB) e Ciro Gomes (PDT) aparecem bem pontuados e com chances de ser o novo presidente do Brasil, um nome corre por fora e chega em silêncio.

Para o consultor político Fabrício Moser, que esteve em Teresina ministrando palestra, Joaquim Barbosa (PSB) é a surpresa mostrada na pesquisa. De fato, em todos os cenários propostos pelo Datafolha o ex-ministro do Supremo Tribunal Federal aparece como o quarto (e às vezes o terceiro) nome na preferência do eleitor, à frente de Geraldo Alckmim e Ciro Gomes, que já tiveram seus nomes ventilados a meses como pré-candidatos. Ele só não teve a chance de embate direto em eventual segundo turno com qualquer outro candidato.

Ex-ministro Joaquim Barbosa / Foto: Veja

No final de janeiro deste ano pesquisa do mesmo Datafolha mostra o ex-ministro com 5% de intenções de voto e agora, esse percentual dobrou, mesmo Barbosa não colocando seu nome como candidato. Suas últimas declarações dizem o contrário, apesar de ter filiado ao PSB recentemente (abril deste ano) e o partido querer lançá-lo o mais rápido possível.

Assim, Joaquim Barbosa, em um partido com DNA de esquerda entraria em um provável vácuo deixado por Lula. Apesar disso, o ex-ministro do STF, que foi relator do Mensalão onde defendeu a condenação de 40 réus, entre eles José Dirceu, leva a um desgaste com o Partido dos Trabalhadores. Porém, sua candidatura prejudicaria Jair Bolsonaro, segundo Fabrício Moser. Tomando como base a eleição de Lula, a explicação estaria no próprio comportamento do eleitorado.

Assim, Joaquim Barbosa chega chegando, de mansinho na corrida presidencial. Sua força está no discurso e na imagem anticorrupção que tanto agrada o eleitorado onde, leva esta mensagem de forma mais leve que Bolsonaro. Mesmo desagradando parte da esquerda, sua história de vida cria uma empatia rápida com a grande maioria dos eleitores. Então, para quem vê apenas aqueles que estão à frente, atenção para a máxima popular de que os últimos podem sim, ser os primeiros.


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