Judiciário politizado pode influenciar nas eleições

Faltando pouco mais de um ano para as eleições gerais alguns nomes para a presidência são oferecidos para degustação. Os principais pré-candidatos até agora são Lula (PT), Jair Bolsonaro (PSC), João Dória (PSDB), Marina Silva (REDE) e Ciro Gomes (PDT).

Quase todos estão em plena campanha, visitando Estados e demarcando terreno a base de títulos, palestras e convites de seus partidos a debater temas importantes para o país. Sim. Estes são os principais jogadores e as cartas começam a ser postas na mesa.

Enquanto Lula percorre o Nordeste vitimiza-se e diz ser perseguido, mesmo já condenado em primeira instância. Faz um discurso atacando Temer e a crise econômica, uma estabilidade conquistada em seus mandatos. Dória e Bolsonaro fazem discurso anti-corrupção, mas principalmente anti-Lula e PT.

Marina Silva busca nas críticas a Temer e suas reformas impopulares o crescimento necessário para chegar a um segundo turno, uma vez que nas últimas pesquisas oscila entre segundo e terceiro. Ciro Gomes tem visitado universidades para um papo reto com professores e alunos. A estratégia é colocar-se como opção, caso Lula fique inelegível, e para isso tem se aproximado principalmente de Governadores do Partido dos Trabalhadores.

A briga promete, mas nesta eleição também entra um componente importante e que pode ser o fiel da balança. Não, não são políticos, mas um judiciário politizadíssimo. Com a Operação Lava Jato em curso, juízes federais, MPF, PGR e o STF não se omitem em opinar sobre investigados e a política eleitoral em redes sociais e pela mídia.

Nesta perspectiva é possível afirmar que o judiciário passou a ter uma influência direta no eleitorado e deve ser um coringa para quaisquer um dos lados. Por isso, calma, falta ainda pouco mais de um ano para a eleição e embora jogadores sejam conhecidos será preciso muito mais que blefe para vencer este jogo.