Grupos fazem oração em frente ao Centro Covid de Valença do Piauí
Em uma grande roda, observando as medidas sanitárias, os grupos da Igreja Católica rezaram pelo fim da pandemia
Os grupos de orações Nascidos do Espírito Santo da Paróquia de Nossa Senhora do Ó e Conceição, juntamente com o grupo de oração Tenda do Altíssimo da Paróquia de São Francisco de Assis realizaram na tarde deste sábado (20/03), em frente ao Centro Covid do Hospital Regional Eustáquio Portela, um momento de oração e clamor pelo fim da pandemia do novo coronavírus, pelos internos e pelos heróis da saúde de Valença do Piauí e do mundo inteiro.
Em uma grande roda, observando as medidas sanitárias, os grupos da Igreja Católica rezaram pelo fim da pandemia, que já tirou a vida de 34 pessoas de nossa cidade e 292.856 em todo o Brasil até esse sábado.
Nesta sexta-feira (19/03), a diretora do Hospital Regional Eustáquio Portela, Lucilia Marreiros, informou que todos os leitos do Centro Covid estavam ocupados mais uma vez.
Mesmo com os números crescentes de óbitos e casos cresce em Valença do Piauí manifestações e ações para a flexibilização de categorias de trabalho.
A vereadora Walmaria Moura (PTB) apresentou o requerimento na Câmara de Vereadores sugeriu que o Comitê de Combate a COVID-19 aumente o horário do atendimento delivery para se estender até às 23h00 e não até às 21h00, como está no Decreto 15/2021. Em sua justificativa, a vereadora reconhece, no entanto, a gravidade do momento.
“Sabemos que estamos vivendo um momento crítico da expansão da Covid-19 no nosso Estado e nosso município, que medidas de restrições devem ser tomadas para conter a disseminação do vírus, como foi feito com o Decreto 015/2021-GAB”, afirmou.
A enfermeira Istéfanne Ricardo que estava de plantão no Centro Covid fez um desabafo nas redes socais.
“Essa é a primeira vez que eu tô parando pra sentar em um plantão que começou as 07h00. Ali dentro eu tenho todos os leitos lotados, pacientes gravíssimos, com acometimentos pulmonares absurdos, com as melhores máscaras que nós temos, a capacidade de oferta de oxigênio no máximo, mesmo assim sem melhora. Na fila de espera da UTI são 58 pessoas na frente, no telefone famílias aflitas te ligando 24 horas pra saber notícias do seus entes queridos. a COVID-19 é real, ele mata, mas antes disso, ele maltrata, ele testa todos os níveis de crueldade e solidão que uma pessoa pode ser submetida, morrer por COVID-19 é triste, depois que você passar por aquela porta, não existe mais familiares, não existe mais visitas, não existe mais amigos, é só você, e o pior, nem na hora da partida os que te amam vão poder te dar um último abraço. O novo coronavírus maltrata, é cruel, é solitário, é desumano. Por favor, se cuidem, fiquem em casa, pelos que te amam, por vocês, por nós, por todos.”, disse a enfermeira.
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