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Gugu ainda respirava quando chegou a hospital, diz médico

Neurocirurgião Guilherme Lepski contou ao 'Jornal Nacional' que quadro do apresentador piorou rapidamente; ele morreu aos 60 anos

24 de novembro de 2019, às 13:00 | Revista Quem

Gugu Liberato, que morreu aos 60 anos, na sexta-feira (22/11),  ainda respirava quando deu entrada em um hospital de Orlando, depois de cair de 4 metros de altura em sua casa. Em entrevista ao Jornal Nacional, o neurocirurgião Guilherme Lepski, chamado pela família para acompanhar o caso, explicou o que aconteceu. 

"Ele tinha alguma atividade respiratória no início. Não era de início morte encefálica. Acontece que o quadro foi se deteriorando rapidamente", disse o médico.

Lepski explicou que o diagnóstico da morte encefálica demanda tempo. 

"Para falar que o quadro é irreversível, e a gente está falando para o futuro, a gente tem que olhar um pouquinho para o passado, para as horas que passaram, e ver se houve alguma mudança positiva no quadro neurológico", disse, contando que é necessário um tempo mínimo de seis horas para a avaliação.

O médico falou dos procedimento adotados.

"São feitas pelo menos duas provas, há um intervalo, aqui nos EUA este intervalo não é limitado, pode ser feito 15 minutos depois, 20 minutos depois e as provas subsequentes detectaram isso", afirmou, contando que assim que foi internado Gugu ainda respirava sem aparelhos.

Apesar de não ser exigida pela legislação americana para comprovação de morte encefálica, foi feita uma angiografia, que constatou que não havia mais fluxo de sangue para o cérebro. Gugu já chegou ao Orlando Medical Health Center com uma fratura na têmpora direita e em escala Glascow de 3, que é usada para medir a consciência e evolução das lesões cerebrais em um  paciente.

Ainda segundo o Jornal Nacional, a irreversibilidade do quadro do apresentador foi confirmada na presença de sua mãe Maria do Céu, de 90 anos, e dos irmãos Amandio Augusto e Aparecida Liberato, que viajaram para os Estados Unidos assim que souberam do acidente, da mãe de seus filhos, João Augusto, de 18, e as gêmeas Marina e Sofia, de 15, a médica Rose di Matteo.

A reportagem do Jornal Nacional ainda revelou que o Hospital do Coração, em São Paulo, estava com estrutura pronta para atender Gugu, caso fosse decidida a transferência do apresentador para o Brasil.

Gugu caiu de uma altura de quatro metros ao tentar trocar o filtro do ar-condicionado. Ele estava no sótão e pisou em uma parte de gesso do forro. O piso não aguentou e na queda ele atingiu o piso da sala. Foi João Agusto que chamou o serviço de emergência e, em apenas 7 minutos, o apresentador já estava no hospital.

A família de Gugu aguarda os trâmites legais para transportar seu corpo para o Brasil, que deve acontecer até quinta-feira (28/11). Ainda não há previsão de data para o velório, que será aberto ao público na Assembleia Legislativa de São Paulo, ou o enterro - o apresentador será sepultado no Cemitério Getsêmani, Zona Sul paulista, onde a família tem um jazigo.

Atendendo a uma pedido do apresentador, todos os seus órgãos serão doados. De acordo com a equipe médica responsável, isso poderá beneficiar até 50 pessoas.

Gugu Liberato / Foto: Observatório da Televisão - UOL


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