Polícia

Jovem morto em operação policial tinha histórico criminal e ligações com facção em Teresina

Adolescente era suspeito de matar sargento da PM e integrava família com extenso envolvimento em atividades criminais


O adolescente de 16 anos, João Manoel Fernandes de Sousa, que perdeu a vida durante ação do Batalhão Especial de Policiamento do Interior (BEPI) no último domingo (27/04), carregava um passado marcado por conflitos com a lei. As autoridades o apontam como responsável pelo tiro fatal contra o sargento Antônio Elenilton Araújo Galvão, da Polícia Militar piauiense.

Uma investigação minuciosa conduzida pela Secretaria de Segurança Pública do Piauí, em parceria com as polícias Civil e Militar através do Pacto Pela Ordem, revelou que o jovem não agia sozinho. João Manoel pertencia a uma estrutura familiar profundamente envolvida em atividades criminosas, formando uma verdadeira rede de ilegalidades que já estava sob o radar das forças de segurança.

Entre seus parentes diretos com histórico criminal estão seus irmãos Edilson Alves de Sousa Filho - conhecido no submundo como "Menor Rei" - e Mikaelle Fernandes da Silva. Ambos acumulam ocorrências relacionadas ao tráfico de entorpecentes, receptação e associação para o crime.

A ficha criminal do adolescente já registrava uma apreensão anterior na zona sul de Teresina, especificamente no bairro Três Andares. Na ocasião, João Manoel foi detido junto com seu irmão Edilson em uma operação que resultou na apreensão de expressiva quantidade de crack: 63 invólucros e um tablete da droga.

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O histórico da família se estende ainda mais. Edilson foi posteriormente flagrado com motocicletas produto de roubo, enquanto Mikaelle caiu nas malhas da lei em 2021, quando agentes do Departamento Estadual de Repressão ao Narcotráfico (DENARC) a prenderam em flagrante por envolvimento com o comércio ilegal de drogas.

As conexões criminosas não param por aí. Kaua Pablo Vieira Silva, 19 anos, também suspeito de participação no assassinato do policial militar, havia sido detido em fevereiro deste ano por porte ilegal de arma de fogo. No entanto, conseguiu liberdade provisória apenas um dia após sua prisão.

Desde então, Kaua estava sendo monitorado pelas autoridades, que recebiam informações sobre seu constante deslocamento armado pela cidade. Agora, ele também está na mira das investigações sobre o homicídio do sargento da PM.

Histórico familiar / FOTO: Divulgação PM-PI

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