O xadrez da disputa pelas vagas de senador no Piauí. Quem serão os vencedores deste jogo?
Três candidatos tem chances reias de vencer a disputa, mas existem alguns aspectos que vão ser decisivos na hora da decisão
- terça-feira, 15 de abril de 2025
- Douglas Cordeiro
Como não haverá eleição esta ano, não existe motivo para discutir o processo eleitoral. Uma frase repetida à exaustão por políticos quando indagados sobre o processo eleitoral seguinte. Era uma resposta automática que só funcionava na teoria enquanto na prática todos articulavam, negociavam e buscavam apoios para suas candidaturas. Este ano, pelo menos, o discurso tem sido diferente e a maioria dos políticos fala abertamente da disputa que acontece em 2026.
A briga por uma vaga na Assembleia Legislativa vai ser acirrada com vários nomes competitivos em campo buscando viabilizar seus nomes. Na base governista o governador Rafael Fonteles já descartou a formação de "chapinhas" e quem vai concorrer deve escolher PT ou MDB para a disputa. Como aconteceu na eleição anterior, PSD e MDB vão reeditar a "coligação cruzada". A ordem é o menor número de chapas possível para que os concorrentes tenham mais chances considerando que a estratégia vai beneficiar os candidatos com menos votos.
Na chapa majoritária, a dúvida é sobre a vaga de vice-governador. Caso consiga a reeleição, o passo seguinte de Rafael Fonteles é a disputa de uma vaga para o Senado Federal. Neste cenário, seu vice assume o governo e deve buscar a reeleição. Para senador, as duas vagas estão sendo amplamente disputadas e os postulantes já estão em campo buscando fortalecer suas bases.
Pela oposição, o senador Ciro Nogueira lidera todas as pesquisas que foram divulgadas. Ele conta com os votos dos prefeitos do PROGRESSISTAS e é a segunda opção de boa parte dos gestores que compõe a base governista. O Palácio de Karnak já definiu Júlio César e Marcelo Castro como seus candidatos. O emedebista busca a reeleição embora tenha prometido, quando disputou o cargo pela primeira vez, que não buscaria renovar o mandato. Júlio César entra não entra no jogo para cumprir tabela. Seu partido, o PSD, tem mais prefeitos, vice-prefeitos, vereadores e lideranças que o MDB de Marcelo Castro.
Na teoria não seria um problema já que os dois partidos votariam nos candidatos governistas. Na prática não é assim que a banda toca. Algumas particularidades devem ser consideradas na hora de projetar essa disputa. Todos a candidatos buscam somar o maior números de votos, afinal, os dois mais votados são eleitos. A dupla governista tem que ficar de olho no segundo voto do companheiro de chapa. Júlio César tem que lutar para figurar como segunda opção de quem votou em Marcelo Castro que vai buscar a mesma composição em relação a Júlio César. O outro cenário, talvez mais decisivo, é o segundo voto de Ciro Nogueira. Quem vai conseguir a maioria desses votos? Para muitos especialistas, alguns deles ouvidos para esta coluna, Júlio César leva uma vantagem considerável. Em política tudo pode mudar com o tempo.... ou não.
Júlio César aparece como um dos favoritos na disputa pelo Senado / FOTO: Portal O Dia
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