Município piauiense possui um parque natural invisível? Saiba onde
Oficialmente, são 11,3 Km de extensão e era um pedido antigo da população mas até agora é apenas uma ficção
Você sabia que Oeiras possui o Parque Natural Municipal do Riacho Mocha? Foi criado pelo Decreto nº 22, de 29/03/2019, assinado pelo prefeito de Oeiras. Portanto, o Parque completa hoje três anos de existência.
Feliz Aniversário!
O Parque abrange toda a extensão do Riacho Mocha, cerca de 11,3 Km, desde as nascentes afogadas pelo Açude Soizão até a foz, no Rio Canindé, próxima ao Povoado Coqueiro.
Qual o objetivo do Parque Natural Municipal do Riacho Mocha?
“Proteger e conservar a biodiversidade, os recursos hídricos, possibilitar a realização de pesquisas científicas, o desenvolvimento de atividades de educação ambiental e a exploração do turismo histórico e ecológico”.
Além do objetivo geral transcrito acima, há “objetivos específicos”, entre eles:
“Manter o suporte aos processos ecológicos capazes de garantir a preservação da biodiversidade local”; resgatar as zonas de aquíferos que garantiam o “caráter perene” do Riacho Mocha; “contribuir para a preservação da vegetação nativa; “fomentar a educação ambiental, a pesquisa científica e a conservação dos valores culturais, históricos e arqueológicos”.
O Decreto que criou o Parque estabelece prazo de 120 dias para elaboração do projeto de recuperação do leito e replantio das matas ciliares de todo o Riacho Mocha, desde a sua nascente até o encontro com o Rio Canindé.
Mas não há notícia da existência real desse projeto. Não há existência real do Parque, que só existe no papel.
A criação do Parque, recuperação do leito e das matas ciliares, saneamento dos trechos imundos e embelezamento são reivindicações da sociedade, desde a década de 1970 e sobretudo após a movimentação dos estudantes do Grupo Mafrense, que organizaram a Semana Nacional do Meio Ambiente em Oeiras, em junho de 1985. As reivindicações se repetiram no Fórum Socioambiental de Oeiras, de março a outubro de 2007, e na Romaria da Terra e da Água, organizada pela Igreja, em 17-18 de outubro de 2015.
Por isso, a criação do Parque parece atender aos clamores da sociedade, que já duram meio século. Mas o Parque é uma ficção. Não existe no mundo real dos fatos.
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