Municípios

Greve geral no transporte coletivo escancara impasse financeiro em Teresina

Sílvio Mendes levantou a possibilidade de fortalecer parcerias público-privadas como alternativa para o transporte público municipal


Nesta segunda-feira (12/05), Teresina amanheceu enfrentando um colapso no transporte coletivo. A greve dos trabalhadores paralisou ônibus por toda a cidade, levando moradores a buscar alternativas em meio ao caos. No centro da crise está o próprio prefeito, Silvio Mendes (União Brasil), que admitiu que a prefeitura está de mãos atadas diante do colapso financeiro: não há recursos para ampliar o subsídio que garantiria a normalidade do sistema.

Em meio a declarações firmes sobre a gravidade do problema, Mendes ressaltou que a prefeitura lida com dívidas altas e um quadro de calamidade, impossibilitando qualquer aumento no aporte ao transporte público. Para tentar mitigar os impactos e evitar prejuízos ainda maiores à população, a Superintendência Municipal de Transportes e Trânsito (STRANS) cadastrou vans e ampliou medidas emergenciais — um esforço para que os teresinenses não fiquem completamente desassistidos.

Enquanto a população se depara com incertezas, Mendes levantou a possibilidade de fortalecer parcerias público-privadas como alternativa para o transporte público municipal. O prefeito ainda acionou o Tribunal de Contas, encaminhando uma série de processos e anunciou que, em breve, deve se reunir com representantes do órgão numa tentativa de buscar orientações e soluções diante dos riscos que ameaçam ampliar ainda mais os prejuízos para a cidade.

Ao longo do seu discurso, o prefeito reiterou a preocupação com o futuro do município e explicou que está dialogando constantemente com vereadores e lideranças locais. Para ele, enfrentar conflitos e buscar respostas está no centro de sua missão como gesto. 

“Estou sempre disponível, conversando para tentar solucionar problemas reais", disse Sílvio Mendes.

A administração municipal, agora sob pressão, segue lançando medidas improvisadas para garantir o funcionamento mínimo dos serviços essenciais — mas a dimensão da crise financeira na prefeitura desencadeia dúvidas sobre quais caminhos restam para reverter o cenário, enquanto a população vive dias de mobilidade limitada e incerteza constante.

Prefeito disse que não tem recursos para o sistema / FOTO: Jailson Soares

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