Jovem encontrada morta foi esganada em Campo Maior-PI; ex-companheiro é suspeito

Na manhã do dia 19 de abril, moradores do município de Campo Maior, interior do Piauí, foram surpreendidos por uma cena que rapidamente ganhou as manchetes locais: uma mulher jovem, identificada como Alice Borges Barroso, foi encontrada sem vida nas águas do Rio Surubim. Inicialmente, rumores apontavam para um possível afogamento, mas o desfecho dramático da história trouxe um novo cenário à tona.

Conforme a apuração da Delegacia Especializada no Atendimento à Mulher e Grupos Vulneráveis (DEAMGV), chefiada pela delegada Emylle Kaynar, o desenrolar das investigações descortinou um histórico de violência na vida de Alice. Documentos e testemunhos confirmaram que ela mantinha uma relação marcada por agressões físicas e psicológicas, sempre relacionadas a Darlan de Oliveira Sousa, seu ex-companheiro.

Quatro dias depois do crime, Darlan foi localizado e teve a prisão temporária decretada. O envolvimento dele, desde o início, era o principal foco da investigação. Segundo a delegada responsável, ao reunir os indícios e aguardar a conclusão do laudo pericial, ficou constatado que a causa da morte não foi o afogamento, como alegado pela defesa do acusado, mas uma asfixia mecânica provocada por estrangulamento.

“O laudo deixou claro que a vítima sofreu constrição do pescoço, forma cruel de violência e incompatível com o argumento do afogamento apresentado pela defesa”, afirmou a delegada Emylle Kaynar.

A soma dos elementos coletados ao longo do trabalho policial resultou no indiciamento de Darlan de Oliveira por feminicídio — crime agravado pelo uso de meio cruel e pelo fato de Alice ser mãe de duas crianças pequenas. A Polícia Civil já requisitou a conversão da prisão provisória para preventiva e afirma que o acusado permanece à disposição do Judiciário para responder pelo ocorrido.

Laudo conclui que jovem foi esganada / Reprodução WhatsApp