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A vida nada fácil de Paulo Guedes!

Bolsonaro já se comparava com Dilma Rousseff na relação com o Congresso Nacional, ao afrontá-lo, querer desmerecê-lo, entre outras semelhanças - atos e omissões flagrantes

15 de abril de 2019, às 09:00 | Genésio Júnior

Só o que se fala são das semelhanças entre o Presidente Jair Bolsonaro e a ex-presidente Dilma Rousseff, cassada pelo impeachment com voto do então deputado, hoje presidente, que se elegeu representando o antipetismo e anti-Dilma! Um horror para bolsonaristas e para as viúvas do dilmismo!

Já escrevemos por aqui das semelhanças entre o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o atual presidente nas insistências deles cometerem erros. Com essa decisão de barrar reajuste dos combustíveis, especificadamente o diesel, feita pelo Presidente da República contra a política de liberdade de preços que seria a regra na Petrobras com a chegada de um comando liberal na economia, visto que o presidente da estatal, Roberto Castelo Branco é homem da confiança, e por ele foi escolhido, de Paulo Guedes - muitos não conseguiram deixar de fazer comparações.

Bolsonaro já se comparava com Dilma Rousseff na relação com o Congresso Nacional, ao afrontá-lo, querer desmerecê-lo, entre outras semelhanças - atos e omissões flagrantes. Esse último episódio ficou mais evidente, o chamado Mercado ficou com os cabelos em pé!

Essa questão já vinha tendo alguns dias em alerta, um freio na onda liberal. Esse freio vem da parte de quem se considera a turma mais equilibrada dentro do governo, os militares.

No dia 27 de março de 2019, a Comissão de Desenvolvimento Regional e Turismo do Senado reuniu os dirigentes das principais empresas públicas de atuação no Nordeste e, na oportunidade, o senador petista, mas empresário, Jean Prates (PT-RN), disse que tinha certeza que as Forças Armadas estariam “vigilantes” para manter vivo os órgãos e organismos federais voltados para o desenvolvimento regional no Nordeste.

Nessa última semana, isso ficou flagrante, mais ainda. A resistência dos militares para com a turma de Guedes. "Existem resistências à privatização dentro do governo. No ministério da Ciência e Tecnologia, o ministro (...) Marcos Pontes. Ele tem cinco estatais [seis, contando a Finep] e não quer privatizar nenhuma delas", afirmou Mattar em entrevista à revista “Veja”.

No último dia 10 de abril, na quarta-feira, na semana em que a Petrobras viveu o drama de recuar num reajuste que lhe custou R$ 32 bilhões no mercado - o ministro Bento Albuquerque, das Minas Energia, ao qual a estatal deve atenção e não a turma da Economia de Guedes, recebeu os governadores Rui Costa, da Bahia, e Belivaldo Chagas, do Sergipe, assim como alguns senadores desses estados  - para tratar do fechamento das Fábricas de Fertilizantes Nitrogenados (Fafen) ligadas a Petrobras que eram para terem sido fechadas desde o ano passado. Elas tem sede naqueles dois estados.

O ministro Almirante Bento Albuquerque disse que pretende “entender” a situação para “poder ajudar”. A estatal diz que elas dão prejuízo. Pelo que se observa, se depender do Almirante, elas vão continuar abertas. A iniciativa voltada para fertilizantes naquela região do Brasil é coisa dos governos militares, nos anos 1.970 do século passado.

O Presidente Jair Bolsonaro em sua movimentação no caso dos preços dos combustíveis alia ao 13º salário do Bolsa Família para traçar um caminho de volta popularidade que vem perdendo. Tudo isso enfraquece o seu superministro ((?!)  Paulo Guedes, que tem contra ele os militares nacionalistas.

Pelo jeito, a vida de Paulo Guedes não será nada fácil de agora em diante!

Dilma e Bolsonaro / Foto: Conexão Política


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