Entenda como serão os próximos passos das campanhas de Lula e Bolsonaro
A semana vai se iniciar com a volta da discussão sobre a violência nas eleições e as "famosas" disputas judiciais eleitorais
Faltam 20 dias para as eleições nacionais em primeiro turno. Na prática três semanas. O destaque para a semana final.
Desde o início oficial da campanha, em 16 de agosto tivemos três eventos marcantes. A posse do ministro Alexandre de Moraes no comando do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), o debate da Band e pool de emissoras e o 7 de Setembro.
Naquele 16 de Agosto venceram as instituições, de grosso modo a sociedade. Seja você a favor ou contra o establishment.
No debate televisivo tradicional, ponteado pela TV Paulista, não resta dúvida que a terceira via, com as mulheres, Simone Tebet, especialmente, e Ciro Gomes, foram os grandes destaques.
No 7 de Setembro, mesmo com o discurso enviesado com abuso de poder, mas evitando bater de frente com o Judiciário e levando muita gente às ruas - especialmente, Brasília, Rio de Janeiro e São Paulo - o presidente Jair Bolsonaro pode dizer que ganhou arrasto.
As pesquisas, sempre elas, nos informam, uníssono, que o líder das pesquisas, o ex-presidente Lula, que não foi destaque em nenhum desses momentos, ficou estável. Se a terceira via teve seu momento, houve frustação com o desempenho do presidente Bolsonaro com os mais pobres. Se esperava algo mais.
Chegamos, nesta semana, a um mês de campanha eleitoral, formal e de horário eleitoral. Há indicativos de que as pessoas estão acompanhando o horário “gratuito” e deverão acompanhar mais ainda nestes dias que se avizinham, avalia-se. Pelo que se vê, Lula parece se manter onde está fazendo menos do que precisaria, Bolsonaro mais que se esperava dele e a turma que deseja estar no segundo turno querendo ter um novo debate da Band para sonhar.
A semana vai se iniciar com a volta da discussão sobre a violência nas eleições, as disputas judiciais eleitorais e, também, a perspectiva da campanha de reeleição de Bolsonaro ser mais cuidadosa com segmentos eleitorais que possam aproveitar o arrasto dos eventos do 7 de Setembro.
De fato, a violência na campanha vista com morte de petista por bolsonarista no Mato Grosso e ameaças a Ciro Gomes em Porto Alegre, não se esquecendo o que se deu em Foz do Iguaçu só preocupam a campanha de reeleição de Bolsonaro, frágil com o público feminino e que tenta se rearrumar com os jovens. O ideal para Bolsonaro não era ter que dar explicações pelos outros ou pedir calma a sua turma, mas torcer que surjam fatos novos.
Deveremos ter fatos econômicos para ajudar Bolsonaro nos próximos dias, especialmente vindos da Petrobras, mas pelo que vimos não têm sido suficientes frente aos novos desafios.
Tendo como parâmetro a campanha polarizada, Bolsonaro precisaria ganhar ao menos 2% a cada semana, com Lula estabilizado, para chegar no dia da eleição quase tão bem como a encomenda que um dia pensou o Centrão, que vem sendo adiada desde o final de junho. Um sonho de consumo.
Aliado a isso, Bolsonaro tem que torcer que a campanha de Lula erre na mão ao tentar o voto útil sobre Tebet, e, principalmente, sobre Ciro Gomes.
Apesar dos dias apressados, ainda não estamos na reta final!
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