Nós precisamos aprender com os nossos erros
Nossos problemas são tão grandes, e nossos homens e mulheres públicos parecem tão despreparados para nos ofertar alternativas
Chegamos a segunda metade do mês de outubro e o cidadão comum só pensa como vai enfrentar esses últimos meses do ano que ele imaginava que não seria tão duro como aquele que passou. As pessoas não tem a menor certeza do que virá pela frente!
No lugar de se buscar alternativas, só se fala de uma eleição presidencial. É bom alertar aos distinto público que aquelas mudanças que fizeram eleger 243 novos deputados, gente que nunca tinha sido eleita para a Câmara Federal, assim como 46 novos nomes para o Senado Federal além de, certamente, não se repetir em 2022 ainda promete fortalecer os que já conhecem os caminhos eleitorais passados!
O favorito nas pesquisas eleitorais presidenciais, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, já foi condenado em crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro. Ele foi acusado de trafico de influência, obstrução de Justiça e organização criminosa. Hoje, ele ou teve condenações anuladas ou foi inocentado de outras ou tem muito a explicar.
Nesta semana, o presidente Bolsonaro, o segundo colocado nas pesquisas, corre o risco de ser indiciado na CPI da Pandemia no Senado por 11 crimes: epidemia com resultado morte; infração de medida sanitária preventiva; charlatanismo; incitação ao crime; falsificação de documento particular; emprego irregular de verbas públicas; prevaricação; genocídio de indígenas; crime contra a humanidade; crime de responsabilidade - por violação de direito social e incompatibilidade com dignidade, honra e decoro do cargo; e homicídio comissivo por omissão no enfrentamento da pandemia.
Entre os agentes econômicos relevantes e sociais se fala numa terceira via ou ”melhor via” como dizem outros. Nada disso se vê, ainda, nas ruas.
Perceba só o tamanho da confusão que estamos metidos!
Os principais candidatos são ex ou futuros criminosos condenados! A renovação política marcadamente vista em 2018, o ano que foi marcado pela vitória da não-política ou nova política, virou um ouro de tolo. A economia nacional que ensaiou uma leve retomada após o impeachment de Dilma Rousseff, destaque-se, claro, a pandemia de COVID-19, esse evento trágico planetário – está vivendo um momento de infelicidades e de retrocessos.
Chegamos aqui numa situação dessas! De quebra, estamos vendo no Congresso Nacional, caixa de ressonância nacional (é velha essa!), as reformas constitucionais que se imaginavam frutíferas nesses anos pós-impeachments tão mal conduzidas que muitos reformistas avaliam que seria melhor deixar que elas só sejam retomadas no próximo governo!
É verdade que a reforma tributária que está no Senado, a PEC nº 110/2029, nunca teve tanto apoio, uma estratégica que acabou sendo bem sucedida nas mão do senador Roberto Rocha (PSDB-MA). Um assunto que pode ajudar em muito problemas do momento, e não só no grande arranjo federativo que primariamente se propunha.
Nossos problemas são tão grandes, e nossos homens e mulheres públicos parecem tão despreparados para nos ofertar alternativas sustentáveis, que tudo mais importa mais à frente.
O que está adiante parece ser a única forma que temos de emular um futuro melhor para nós e os nossos. Esses anos difíceis que parecem não terem fim e nos deixam atordoados, mas não podemos em meio a tudo isso deixar de segurar o que temos. Temos que mostrar a nossos jovens que mesmo errando em nossas escolhas, e eles sofrem com elas, temos que confiar que podemos fazer um país melhor. Nosso maior erro é não mostrar a eles que algo pode ser feito, as coisas podem melhorar. Aprendemos com nosso erros!
O Piauí no seu E-Mail
Escreva seu e-mail e receba as notícias do ARQUIVO 1