Piauiense morre após elevador despencar de 17 andares em uma área de construção de São Paulo
O equipamento, conhecido como "elevador de cremalheira", transportava os operários quando sofreu uma falha que resultou na queda
- quarta-feira, 21 de maio de 2025
- Mateus Dias
Um elevador de carga desabou do 17º andar de um edifício em construção no bairro do Butantã, zona oeste de São Paulo, provocando a morte instantânea de três trabalhadores. O equipamento, conhecido tecnicamente como "elevador de cremalheira", transportava os operários quando sofreu uma falha que resultou na queda livre.
O acidente ocorreu nas obras do condomínio Reserva Raposo, localizado próximo ao quilômetro 18,5 da Rodovia Raposo Tavares, uma das principais vias de acesso à região metropolitana. Equipes do Corpo de Bombeiros foram imediatamente acionadas, mas ao chegarem no local apenas confirmaram os óbitos.
INVESTIGAÇÃO EM CURSO: AUTORIDADES BUSCAM RESPOSTAS
As causas exatas do acidente ainda são desconhecidas e estão sob rigorosa investigação. O 75º Distrito Policial (Jardim Arpoador) assumiu o caso e já solicitou exames periciais ao Instituto de Criminalística (IC) e ao Instituto Médico Legal (IML), conforme informou a Secretaria da Segurança Pública em comunicado oficial.
A BRZ Construtora, responsável pelo empreendimento, confirmou que a perícia técnica policial foi acionada imediatamente após o acidente. Em nota, a empresa manifestou solidariedade às famílias das vítimas.
"Nos solidarizamos com os familiares das vítimas neste momento de imensa dor", diz nota.
A construtora também afirmou estar colaborando integralmente com as investigações e prestando todos os esclarecimentos solicitados pelas autoridades competentes.
REAÇÕES E PROVIDÊNCIAS APÓS O ACIDENTE
A administração do condomínio Reserva Raposo emitiu uma nota lamentando profundamente o ocorrido e afirmou já ter cobrado explicações da construtora responsável pela obra. "O Reserva Raposo está acompanhando de perto todas as providências e reforça seu compromisso com a segurança, a transparência e o respeito à vida", declarou a administração em comunicado oficial.
A Prefeitura de São Paulo também se manifestou, lamentando as mortes e confirmando que o empreendimento possuía todos os alvarás necessários para funcionamento. Como medida imediata, equipes da subprefeitura do Butantã e da Defesa Civil foram enviadas ao local para realizar uma vistoria completa e avaliar as condições de segurança do restante da obra.
PRÓXIMOS PASSOS DA INVESTIGAÇÃO
As autoridades agora concentram esforços para determinar se o acidente foi causado por falha mecânica, erro humano ou negligência nos protocolos de segurança. A perícia técnica deverá analisar o estado dos equipamentos, os registros de manutenção e as condições gerais de segurança oferecidas aos trabalhadores no canteiro de obras.
Os resultados dessa investigação poderão resultar em responsabilizações civis e criminais, caso sejam identificadas irregularidades ou descumprimento das normas de segurança do trabalho.
ELEVADOR DE CREMALHEIRA: ENTENDA O EQUIPAMENTO ENVOLVIDO NA TRAGÉDIA
O equipamento que despencou era um elevador de cremalheira, estrutura comum em grandes obras. Este tipo de elevador consiste numa cabine que se desloca verticalmente através de trilhos instalados na parte externa dos edifícios em construção. Sua função é transportar tanto materiais de construção quanto trabalhadores entre os diferentes pavimentos da obra.
Por ser um equipamento de uso misto, destinado ao transporte de cargas e pessoas, o elevador de cremalheira deve seguir rígidos protocolos de segurança e manutenção periódica, justamente para evitar acidentes como o ocorrido.
Elevador de cremalheira em obra onde três operários morreram / FOTO: Reprodução - TV Globo
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